para
Colher
Desculpem-nos os nobres irmãos
espiritistas, neste ensejo de comunicação que o Senhor nos permitiu.
Não entendemos bem a posição
daqueles que recebem a graça divina do Espírito Consolador, a Doutrina dos
Espíritos, o Evangelho redivivo.
Falam na paz e quase todos ou quase
sempre produzem discórdias.
Enaltecem a humildade e resvalam nos
abismos imensuráveis do orgulho.
Pregam a Boa Nova, exaltando o amor
do Cristo de Deus, e às ocultas comentam desairosos noticiários do mundo íntimo
dos santuários de estudos.
Erguem-se em orações brilhantes e
emocionantes, e curvam-se temerosos ante os fatos inconsequentes do dia-a-dia.
Guardam a atitude de adeptos
fervorosos da Doutrina Sagrada, e conservam o coração repleto de fel.
Grande Luz a do Espiritismo!
Ela traz à Terra a presença do
Mestre Imortal, num resplendor de glória.
Imaculado como os lírios, perfumado
pelo Divino Amor, santificado, porque oriundo do coração sagrado do Cristo de
Deus, o Espiritismo é o representante do Mestre na Terra; entretanto, em torno
dele, a luz presente do Imortal, vemos dissensões, distúrbios, confusões.
Nascido na manjedoura humilde,
enaltecido na missão santa do Mestre, erguido no alto do Gólgota, revivido no
Consolador, o espírito do Cristo revela-se em esplendor celestial na Doutrina
Espírita.
Chegam os aflitos do caminho, os
coxos e os estropiados, os cegos e os paralíticos, os mortos das margens das
estradas, os desvairados e os sofredores, procurando, como outrora, a força
esplêndida da Doutrina que cura, orienta, salva.
O mundo ergue-se aflito e, atônito,
vai descobrindo a grande luz.
Como entender a repetição, nos dias
atuais, do mesmo panorama que cercou o Mestre em Jerusalém, quando a Revelação
cresceu, demonstrando a Verdade no espelho vivo das mentes abertas para a luz?
Por que o cerco indébito à Doutrina
sagrada? Por que a discussão, a confusão, o desrespeito?
A mensagem do Senhor aí permanece
viva: "Sereis considerados meus discípulos
se
vos amardes uns aos outros, como vos tenho amado."
Trazendo-vos estas páginas, não desejamos
interferir em vidas ou resoluções; entretanto, à luz da Espiritualidade,
sentimos pesar sobre os nossos ombros a responsabilidade de sermos espíritas,
por termos recebido a Divina Luz!
Por que retardar o passo, por que
não aproveitar o tempo para achegarmos jubilosos ao Senhor, procurando-lhe a
destra amiga para exclamarmos como Saulo: - Senhor, que quereis que eu faça?
Irmãos, amigos, detenhamo-nos à
beira dos abismos que sorvem os incautos!
Meditemos na palavra sagrada,
deixemos os trapos do homem velho e, transformados para o Cristo, estendamos as
mãos para o alto, em ação de graças; e, trabalhando e servindo humildemente,
avancemos para diante, ajustados à sublime vontade do Senhor.
Que ele nos abençoe.
Wantuil (Espírito)
por Mª Cecília Paiva
Mensagem
recebida em 22 de julho de 1975
e
publicada em ‘Reformador’ (FEB) em setembro 1975
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