ante os tempos novos
“Reformador” (FEB) Dezembro 1972
por Francisco Thiesen
"A missão dos espíritas, no Brasil, é divulgar o Evangelho em espírito e verdade." Ismael
"Reunidos em nome de Ismael, não tendes outros deveres
senão estudar os Evangelhos à luz da Santa Doutrina." Allan Kardec
"A cada povo a sua tarefa. A vossa, a maior, é o Evangelho:
tendes de educar os corações." Urias
(Da biografia de Bezerra de Menezes, no livro de Zêus Wantuil "Grandes Espíritas do Brasil", págs. 234/5, ed. FEB.)
É imensa responsabilidade dos espíritas, no campo da evangelização dos Espíritos, por termos ingressado livremente na Doutrina do Consolador Prometido.
Essa responsabilidade não é estática, mas dinâmica, crescente na medida do aprofundamento conceptual de cada um no espírito do Evangelho, na essência cristã contida na multifária e progressiva Revelação do Espírito da Verdade, cujas mensagens de luz fluem em catadupas, cristalinas e puras, iluminando as consciências de quantos, no carreiro da experiência, demandam as regiões da neblina.
Em "O Consolador"[1], Emmanuel nos esclarece que:
"para a iluminação do íntimo, só tendes no mundo o Evangelho do Senhor, que nenhum roteiro doutrinário poderá ultrapassar";
"o Espiritismo em seus valores cristãos não possui finalidade maior que a de restaurar a verdade evangélica para os corações desesperados e descrentes do mundo";
"a obra definitiva do Espiritismo é a da edificação da consciência profunda no Evangelho de Jesus Cristo";
"só o trabalho de auto evangelização é firme e imperecível, só o esforço individual no Evangelho de Jesus pode iluminar, engrandecer e redimir o Espírito, porquanto, depois de vossa edificação com o exemplo do Mestre, alcançareis aquela verdade que vos fará livres".
Na obra "Missionários da Luz"[2], André Luiz declara que "o Espiritismo evangélico é também o grande restaurador das antigas igrejas apostólicas, amorosas e trabalhadoras. Seus intérpretes fiéis serão auxiliares preciosos na transformação dos parlamentos teológicos em academias de espiritualidade, das catedrais de pedra em lares acolhedores de Jesus".
Aliás, em "Paulo e Estêvão", - de Emmanuel[3], surpreendemos o generoso iluminado de Damasco clareando ao Procônsul Sérgio Paulo, em Nea-Pafos, o objetivo da mensagem do Cristo, em cuja revivescência está empenhada a Doutrina dos Espíritos, na atualidade:
"O Salvador fundou a religião do amor e da verdade, instituição invisível e universal, onde se acolham todos os homens de boa vontade. Nosso fim é dar feição visível à obra divina, estabelecendo templos que se irmanem nos mesmos princípios, em seu nome.
Avaliamos a delicadeza de semelhante tentame e estamos crentes de que as maiores dificuldades vão surgir em nosso caminho. É quase impossível encontrar o cabedal humano indispensável ao cometimento; mas é forçoso movimentar o plano. Quando falhem os elementos da instituição visível, esperaremos na igreja infinita, onde, nas luzes da universalidade, Jesus será o chefe supremo de todas as forças que se consagrem ao bem."
O venerável Espírito Bittencourt Sampaio, autor, quando na vida física, no século passado, de "A Divina Epopéia", em mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier ("Reformador", jul. 1946), enfatizando a missão evangelizadora da Federação Espírita Brasileira, disse:
"A bandeira de luz, desfraldada por Ismael, no Brasil, não convocou, em vão os servos do Cristo ao trabalho da concórdia e do amor."
"Ao influxo de Ismael, compreendemos mais cedo, no Brasil, que a Doutrina Consoladora não se reduz a simples órgão de experimentação científica ou de reajustamento filosófico, nos quadros do conhecimento humano."
"Daí, o característico religioso dos nossos trabalhos, a substância sublime do nosso depósito espiritual."
Mas, para manter viva a chama do Ideal no trabalho de formação da mentalidade evangélica, enormes testemunhos têm sido exigidos, no curso do tempo, experimentando a fé de quantos se vinculam ao programa regenerador da Casa de Ismael. A esse respeito, o mesmo Bittencourt Sampaio, poucos meses depois da mensagem acima, por outro médium, dizia ("Reformador", mar. 1947):
"Não é preciso que vos encareça a confusão e a perturbação que dificultam os problemas que tendes a resolver. É testemunho a exigir-se de todos os legionários do Evangelho para vencer os que buscam empanar o brilho desta Casa - fundada para tecer levar ao Brasil e ao Mundo a Nova Revelação. Eles anteveem a gloriosa jornada que a caravana vem realizando através dos tempos e procuram por todos os meios interromper essa marcha."
[1] p.123 – “O Consolador”, de Emmanuel, por Francisco C. Xavier. 5ª Ed..
[2] p. 84 –“ Missionários da Luz” de André Luiz, por Francisco Cândido Xavier. 8ª Ed..
[3] p. 340 – “Paulo e Estevão”, de Emmanuel, por Francisco Cândido Xavier, 9ª Ed..
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