quinta-feira, 29 de setembro de 2011

'Pedi e se vos dará...'



Pedi
e se vos Dará...

7,7  Pedi  e  se vos dará. Buscai e achareis; batei e vos será aberto.
7,8  Porque todo aquele que pede, recebe.   Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á. 7,9  Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão?
7,10  E, se lhe pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente?
7,11 S e vós, pois, que são maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem. 

            Para Mt (7,7-11)- Buscai e Achareis!  lemos,  em  “O Evangelho...”, de Alan Kardec, o que se segue:
             “Sob o ponto de vista terrestre, a máxima: Buscai e achareis, é análoga a esta: Ajuda-te, e o céu te ajudará. É o princípio da lei do trabalho, e por conseguinte, da lei do progresso, porque o progresso é filho do trabalho, e o trabalho coloca em ação as forças da inteligência.”    

            “Sob o ponto de vista moral, aquelas palavras de Jesus significam:

- Pedi a luz que deve clarear vosso caminho, e ela vos será dada;
- Pedi a força de resistir ao mal, e a tereis;
- Pedi a assistência dos bons Espíritos, e eles virão vos acompanhar e, como o anjo de Tobias, vos servirão de guias;
- Pedi bons conselhos, e não vos serão jamais recusados;
- Pedi sinceramente e não com arrogância, sem isso sereis abandonados às vossas próprias forças, e as próprias quedas que tereis serão a punição do vosso orgulho.”



          Ainda para Mt (7,7 -11) -Pedi, buscai, batei... -  destacamos, de “Pão Nosso”, de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Pedi, buscai, batei...

            Estes três imperativos da recomendação de Jesus não foram enunciados sem um sentido especial. No emaranhado de lutas e débitos da experiência terrestre, é imprescindível que o homem aprenda a pedir caminhos de libertação da antiga cadeia de convenções sufocantes, preconceitos estéreis, dedicações vazias e hábitos cristalizados. É necessário desejar com força e decisão a saída do escuro cipoal em que a maioria das criaturas perdeu a visão dos interesses eternos.

            Logo após, é imprescindível buscar. A procura constitui-se de esforço seletivo. O campo jaz completo de solicitações inferiores, algumas delas reclamadas de sugestões brilhantes. É indispensável localizar a ação digna e santificadora. Muitos perseguem miragens perigosas, à maneira de um incêndio. Chegam de longe, acercam-se das chamas e consomem a bênção do corpo.

            É imperativo aprender a buscar o bem legítimo, momento de bater à porta da edificação; sem o martelo do esforço metódico e sem o buril da boa vontade, é muito difícil transformar os recursos da vida carnal em obras luminosas de arte divina, com vistas à felicidade e ao amor eterno.

            Não bastará, portanto, rogar sem rumo, procurar sem exame e agir sem objetivo elevado.

            Peçamos ao Senhor nossa libertação da animalidade primitivista, busquemos a espiritualidade sublime e trabalhemos por nossa localização dentro dela, afim de converter-nos em fiéis instrumentos da Divina Vontade.

            Pedi, buscai, batei! ... Esta trilogia de Jesus reveste-se de especial significação para os aprendizes de Evangelho, em todos os tempos.”



            Para  Mt (7,9) -Qual dentre vós daria um pedra ao invés de um pão? - leiamos “Palavras de Vida Eterna”, de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Um pai terrestre, conquanto as deficiências compreensíveis da condição humana, jamais oferece pedra ao filho que pede pão.

            Certamente que, em lhe examinando essa ou aquela solicitação, considerará os imperativos de tempo, circunstância, necessidade ou lugar.

            Se o filho é ainda criança, não lhe entrega dinamite para brincar, porque o menino formule a rogativa ensopando-se de lágrimas; se o filho jaz perturbado, não lhe confere a direção da família, pelo fato de recolher-lhe petitórios comoventes; se o filho, por várias vezes, deixou a casa em ruína, por desperdício delituoso, não lhe restituirá, de pronto, o governo dos assuntos domésticos, só pelo motivo de se ver rodeado de súplicas; e, se o filho permanece atrasado no progresso escolar, não lhe autoriza regalos prolongados, unicamente porque lhe ouça enternecedores requerimentos.

            Em hipótese alguma, aniquilará as esperanças dos descendentes, mas, no interesse deles próprios, lhes concederá isso ou aquilo, consultando-lhes a conveniência e a segurança, até que se ergam ao nível da madureza, responsabilidade, merecimento e habilitação, suscetíveis de lhes assegurar a liberdade de pedir o que desejem.

            Isso acontece aos pais terrenos...

            Desse modo, se experimentas desconfiança e inquietação, no ato de orar, simplesmente porque choras e sofres, lembra-te da compaixão e do discernimento que já presidem o lar humano e não descreias da perfeita e infinita misericórdia do Pai Celestial.”

            

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