segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Roustaing no Brasil já nos idos de 1870



Roustaing,
no Brasil,
já em 1870


Reformador (fEB)  Agosto 1950

            O periódico “O Eco d’Além Túmulo”  de maio de 1870, à página 292, comentava longamente a obra “Os Quatro Evangélicos”, de Roustaing, nos termos que o Reformador resumidamente nos apresenta abaixo. O artigo foi assinado por Luiz Olímpio Teles de Menezes:

                “Esta importantíssima obra (a de Roustaing) em 3 volumes de 600 páginas cada um foi publicada em Bordeaux, em 1866. Tínhamos apenas a notícia de sua existência; agora, porém, tivemos a subida satisfação de sermos honrados com a generosa oferta de um exemplar por seu muito distinto autor, a quem cordialmente, agradecemos essa alta prova de consideração. Os espíritas verdadeiros encontrarão em sua leitura variadíssimos ensinos de transcendental importância e do mais perfeito acordo com a doutrina ensinada n’O Livro dos Espíritos e n’O Livro dos Médiuns.

                “Esta obra é um trabalho considerabilíssimo, porquanto pelo concurso de admiráveis comunicações medianímicas, sempre sustentadas, explica e interpreta os Evangelhos, capítulo por capítulo, versículo por versículo.

                “Esta obra extra-humana foi produzida pelos Espíritos e por sua ordem publicada como sucedera com o Sr. Allan Kardec acerca da organização e publicação d’O Livro dos Espíritos (Livre des Esprits)”.

                “Sem a leitura e conhecimento prévio d’O Livro dos Espíritos e d’O Livro dos Médiuns, não se poderá ter a verdadeira inteligência d’Os Quatro Evangelhos explicados em Espírito e Verdade, e por isso recomendamos a leitura dessas duas obras fundamentais da doutrina espirítica.

                “O Sr. Roustaing, espírita sério, tem a probidade da franqueza e a virtude da abnegação. Em sua estimável e honrosa oferta, assim se exprime: “Publicando essa obra, que não emana de mim, e para cuja realização tenho sido, sou e continurei a ser apenas um instrumento, somente tive e continuo a ter um incentivo e um fito - a difusão da luz  e da verdade, o progresso moral e intelectual da Humanidade, com o mais absoluto desinteresse.”

                Em conclusão, diz o Sr. Telles de Menezes:

                “Recomendamos portanto a todos os espíritas sérios a leitura dessa obra incontestavelmente de um mérito real; nela encontrarão, a par de alguns ensinos que, segundo a opinião do Sr. A. Kardec, necessitam verificação geral dos Espíritos, e, portanto, dependente de sanção futura, ensinos e desenvolvimentos em inteiro acordo com os princípios fundamentais da doutrina espirítica.”





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