sexta-feira, 22 de julho de 2011

O Batista anuncia o amor que nunca se apaga..


A Pregação de João Batista

            3,1  Naqueles dias apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia. 3,2 Dizia ele: “ -Arrepende-vos porque está próximo o reino dos Céus. 3,3 Este é aquele de quem falou o profeta Isaías, quando disse: “Uma voz clama no deserto: Preparai  o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas  (Is. 40,3).””3,4 João usava uma vestimenta de pelos de camelo e um cinto  de couro em volta dos rins. Alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. 3,5 Pessoas de Jerusalém, de toda a Judéia e de toda a circunvizinhança do Jordão vinham a ele. 3,6 Confessavam seus pecados e eram batizados por ele nas águas do Jordão. 3,7 Ao ver, porém, que muitos dos fariseus e dos saduceus vinham ao seu batismo, disse-lhes: - Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da cólera vindoura ? 3,8 Dai, pois, frutos da vossa penitência. 3,9 Não digais dentro de vós: - Nós temos a Abraão por pai ! Pois eu vos digo, Deus é poderoso para fazer nascer destas pedras filhos a Abraão. 3,10 O machado já está posto à raiz das árvores : Toda árvore que não produzir bons frutos, será cortada e lançada ao fogo. 3,11 Eu vos batizo com água, em sinal de penitência, mas aquele que virá depois de mim, é mais poderoso do que eu   e   nem   sou   digno   de   carregar suas sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo. 3,12 tem na mão uma pá, limpará a sua eira e ajuntará o trigo no celeiro. As palhas, queimará num fogo que nunca se apagará.”

            Para Mt  (3,2) - Arrependei-vos porque está próximo o reino dos Céus - tomemos Luiz Sérgio, por Irene Pacheco Machado, em “Dois Mundos Tão Meus”:

            “Arrependei-vos, ou  melhor,  emendai-vos (no grego, mudai de mente, convertei-vos).  João Batista pregou ao povo a transformação interna, da mente e da vontade, que deveria depois manifestar-se externamente com a mudança de proceder.” 

            Para Mt (3,3) - Endireitai os vossos caminhos..., temos a palavra de Emmanuel em “Caminho, Verdade e Vida”, por Chico Xavier:

            “A exortação do Precursor permanece no ar, convocando os homens de boa-vontade à regeneração das estradas comuns.

            Em todos os tempos, observamos criaturas que se candidatam à fé, que anseiam pelos benefícios do Cristo. Clamam pela sua paz, pela presença divina e, por vezes, após transformarem os melhores sentimentos em inquietação injusta, acabam desanimadas e vencidas.

            Onde está Jesus que não lhes veio ao encontro dos rogos sucessivos? Em que esfera longínqua permanecerá o Senhor, distante de suas amarguras? Não compreendem que, através de mensageiros generosos do seu amor, o Cristo se encontra, em cada dia, ao lado de todos os discípulos sinceros. Falta-lhes dedicação ao bem de si mesmos. Correm ao encalço de Mestre Divino, desatentos ao conselho de João: “endireitai os caminhos”.

            Para que alguém sinta a influência santificadora do Cristo, é preciso retificar a estrada em que tem vivido. Muitos choram em veredas do crime, lamentam-se nos resvaladouros do erro sistemático, invocam o céu sem o desapego às paixões avassaladoras do campo material. Em tais condições, não é justo dirigir-se a alma ao Salvador, que aceitou a humilhação e a cruz sem queixas de qualquer natureza.

            Se queres que Jesus venha santificar as tuas atividades, endireita os caminhos da existência, regenera os teus impulsos. Desfaze as sombras que te rodeiam e senti-Lo-ás, ao teu lado, com a sua bênção.”

            Para Mt (3,12) - Limpar a eira do mundo ...- leiamos  “Pão Nosso” de Emmanuel por Chico Xavier:             

         Apóstolos e seguidores do Cristo, desde as organizações primitivas do movimento evangélico, designaram-no através de nomes diversos.

            Jesus foi chamado o Mestre, o Pastor, o Messias, o Salvador, o Príncipe da Paz; todos esses títulos são justos e veneráveis; entretanto, não podemos esquecer, ao lado dessas evocações sublimes, aquela inesperada apresentação do Batista. O Precursor designa-o por trabalhador atento que tem a pá nas mãos, que limpará o chão duro e inculto, que recolherá o trigo na ocasião adequada e que purificará os detritos com a chama da justiça e do amor que nunca se apaga.

            Interessante notar que João não apresenta o Senhor empunhando leis, cheio de ordenações e pergaminhos, nem se refere a Ele, de acordo com as velhas tradições judaicas, que aguardavam o Divino Mensageiro num carro de glórias magnificentes. Refere-se ao trabalhador abnegado e otimista. A pá rústica não descansa ao seu lado, mas permanecerá vigilante em suas mãos e em seu espírito reina a esperança de limpar a terra que lhe foi confiada às salvadoras diretrizes.

            Todos vós que viveis empenhados nos serviços terrestres por uma era melhor, mantende aceso no coração o devotamento à causa do Evangelho do Cristo. Não nos cerceiem dificuldades ou ingratidões. Desdobremos nossas atividades sob o precioso estímulo da fé, porque conosco vai à frente, abençoando-nos a humilde cooperação, aquele trabalhador divino que limpará a eira do mundo.”             


                   

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