03/10
70/100 O Apocalipse
“Alguns anos antes de terminar o primeiro século, após o advento da nova doutrina, já as forças espirituais operam uma análise da situação amargurosa do mundo, em face do porvir...”
“O Divino Mestre chama aos Espaços o Espírito João, que ainda se encontrava preso nos liames da Terra, e o Apóstolo, atônito e aflito, lê a linguagem simbólica do invisível.
Recomenda-lhe o Senhor que entregue os seus conhecimentos ao planeta como advertência a todas as nações e a todos os povos da Terra, e o velho Apóstolo de Patmos transmite aos seus discípulos as advertências extraordinárias do Apocalipse..”
“...E a figura mais dolorosa, ali relacionada, que ainda hoje se oferece à visão do mundo moderno, é bem aquela da igreja vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos santos.” Palavras de Emmanuel (5).
100 Os Evangelhos
Nenhum escrito da antiguidade foi tão microscopicamente analisado pela crítica como os Evangelhos.
Existem 2160 códices* dos Evangelhos, destes 200 unciais** e, cinco chegam até o século IV d.C.; ademais existem 50 fragmentos de papiros do século II d.C. e 1600 lecionários***.
Assim, os Evangelhos tem 4260 testemunhos diretos, além de múltiplas versões, algumas do século II d.C..” (12)
Explica o ‘Dicionário Aurélio’:
*Códices - Forma característica do manuscrito em pergaminho, semelhante à do livro moderno, e assim denominada por oposição à forma de rolo; registro ou compilação de manuscritos, documentos históricos, ou leis, código antigo; Obra antiga de autor clássico.
**Uncial - Diz-se da, ou a escrita livresca maiúscula latina, usada do IV ao VI século, e caracterizada pelo arredondamento de várias letras e existência de algumas minúsculas. (O nome, depois também aplicado à escrita grega de traçado análogo, foi empregado pela primeira vez por S. Jerônimo, em passagem que permite várias interpretações, sendo a mais corrente justamente a mais improvável: a que se refere à altura das letras, que mediriam uma polegada (úncia).
***Lecionários - Livro que contém as lições ou leituras inscritas no ofício divino.
Além disso, algumas igrejas, inclusive a romana, aceitam um terceiro conjunto de livros, ditos deuterocanônicos (considerados apócrifos na tradição protestante), como escritos de ordem hebraica ou aramaica, encontrados na tradução grega do Antigo Testamento (a Septuaginta, dos séculos 3º e 2º a.C.).
Cada uma dessas partes ou seções consiste em vários livros, escritos por diferentes autores em épocas diversas. No entanto, a maioria dos cristãos lhes atribui autoridade superior ou divina, considerando-os textos revelados por Deus.
Pela tradição judaica, o Antigo Testamento é dividido em três partes: Lei ou Torá, formada pelos primeiros cinco livros (o Pentateuco), Profetas e Escritos. Já a tradição cristã, seguindo a versão grega, divide o Antigo Testamento em Histórias (ou Legislação e História), Livros Poéticos e Profetas (ou simplesmente Poetas e Profetas). A escolha do conjunto dos livros aceitos e reconhecidos como integrantes autênticos do Antigo Testamento (cânon) se deu, no cristianismo, ao longo dos três primeiros séculos da era cristã.
O Novo Testamento é formado pelos quatro evangelhos, que tratam de Jesus; pelos Atos dos Apóstolos, relato da formação e difusão das primeiras igrejas e comunidades cristãs, pelas Epístolas de Paulo e pelo livro visionário do Apocalipse (Revelação).
Quase todos esses livros já eram reconhecidos como canônicos (ou seja, sagrados e autênticos) em meados do século 2º d.C..
Os livros deuterocanônicos, também conhecidos como apócrifos (em grego ‘escondidos’, ‘separados do ato litúrgico’), foram escritos em 300 a .C. e 100 d.C. e não estão incluídos na Bíblia hebraica. A Igreja Católica, entretanto, reconhece todos como parte de seu cânon.” Resumo extraído da Enciclopédia Folha (9).
Vale, muito, repetir Imbassahy (13) em seus comentários sobre...
Religião
Para definir religião, Imbassahy (13) foi buscar um manual de instrução católico, escrito por Boulanger, de nome “A Doutrina Católica”. Dele, extraiu o trecho que reproduzimos abaixo:
“Religião - É palavra de origem latina.
a) Vem de relegere, recolher, tratar, com cuidado (oposto de neglegere, deixar de lado, descuidar), porque o homem religioso zela, com máximo empenho e profundo respeito, pelas coisas referentes ao culto de Deus. É a etimologia que dá Cícero;
b) outros autores, como Lactâncio, S. Jerônimo, S. Agostinho pensam que vem de religare, ligar, porque a religião tem, como base, os laços que unem o homem a Deus....”
Como se vê, por um manual inteiramente infenso ao espiritismo, religião quer dizer - tratar com cuidado as coisas referentes a Deus, ou então - ligar, ligar os homens a Deus.”
98 Já idoso, morre Nerva.
Assume Trajano (Taciano?).
Inácio, bispo de Antióquia, foi trazido a Roma para sofrer, na arena, uma execução bárbara sob o governo de Taciano (98 -117), relata Gough (11). É dele também o trecho a seguir:
‘... a famosa correspondência entre Plínio, governador da Bitínia e o Imperador Trajano sugere, mais do que dois monstros de iniqüidade, dois homens embaraçados, resolvidos a serem escrupulosamente justos para com uma seita considerada viciosa e ateísta. Qualquer pessoa culpada de cristianismo, escreveu Trajano, que estivesse preparada para se retratar, devia ser perdoada, e a informação anônima contra indivíduos havia de ser rejeitada “como um mau precedente e contrário ao espírito dos nossos tempos”.’
117 Trajano (Taciano?) morre em Selino, na Sicília. Passa à história como um justo.
Públio Hélio Adriano, espanhol e casado com sobrinha de Trajano é o novo imperador. Embora liberal e também justo, de início, caracterizou-se pela perseguição e pela crueldade, depois dos terríveis acontecimentos da guerra civil da Judéia, relatados abaixo. Os adeptos de Jesus apenas se reconheciam, entre si, na cidade, por um vago sinal da cruz, que os identificava fraternalmente onde quer que se achassem.
125 O apologista Quadratus, provavelmente de Atenas, por volta de 125, apresentou ao Imperador Adriano uma defesa do cristianismo, de que temos hoje alguns fragmentos.
Mais ou menos em 140, Aristides, filósofo cristão ateniense, escreveu documento semelhante, endereçado a Antonino Pio.
A mais famosa dessas defesas foi escrita por Justino, provavelmente em Roma, aproximadamente em 153. Este ato o levou à morte, aproximadamente em 165, todos comentários de Walker(14).
Basilides ou Basilide
Um dos mais famosos gnósticos. Viveu na Alexandria, aproximadamente no ano 125. Registrou Luciano dos Anjos.
132/135 Nova revolta dos Hebreus - chefiada por Bar-Kochba - é esmagada, de forma selvagem, pelo romano Júlio Sexto Severo. A Judéia estava devastada para sempre. A revolta aniquilara os derradeiros laços de coesão das tribos laboriosas de Israel, desterrando-as da pátria. Concomitantemente, encerrava-se, também, o farisaísmo. Uma das causas da revolta foi a oposição dos judeus à romanização de Jerusalém, cidade rebatizada como Élia Capitolina, atendendo aos caprichos do imperador Hélio Adriano.
Agrega Emmanuel (2): Em diversos embates morreram 180 mil israelitas; foram destruídas quase todas as vilas e cidades; a fome e a desolação operaram a ruína geral; a peste, oriunda dos insepultos, chegara também. Os judeus só voltariam a se reunir em solo palestino no ano de 1948, com a fundação do Estado de Israel.
133 aprox. Com o peito crivado de setas que lhe exauriram o coração e contemplando o cadáver do filho Ciro, que expirara antes dele, dada à sua fraqueza orgânica, o escravo liberto Nestório, reencarnação do senador Públio Lêntulus, desencarna no circo, pleno de confusas recordações pois lembrava-se de ter vivido situação inversa, onde outros eram os martirizados e ele, audiência passiva.
Nestório conheceu a João, de quem aprendera o Evangelho de Cristo. Conheceu também ao Presbítero Joanes, a quem João entregara os originais do 4º Evangelho.
Cumpria-se, assim, mais um longo e doloroso resgate de culpas pretéritas iluminando-se o caminho para Jesus daquele que desde Kardec, e sob o nome de Emmanuel, nos vem doando cascatas de amor sob a forma de dulcísssimos textos e livros espíritas.
Gnosticismo
Sua doutrina fundamental era a de que a solução tem de ser alcançada antes pelo conhecimento do que pela fé ou pelas obras; os cristãos primitivos de pendor gnóstico rejeitavam os fundamentos judaicos do Cristianismo e o Velho Testamento, ressalta a Enciclopédia Folha (9).
Complementa Walker(14);
O Gnosticismo nega a humanidade e a morte efetiva de Jesus. Afirma que Ele não viera ‘em carne’ mas sim no aspecto de um fantasma, aparência docética.
Segue o autor: ‘Cristo, argumentavam, na realidade apareceu, e ensinou os seus discípulos. Mas, durante esse tempo, era um ser celestial e não de carne e sangue.’
O gnosticismo se espalhou na Ásia Menor nos primeiros anos do século 2.
O gnosticismo chegou ao ápice de sua influência entre 135 e 160, embora continuasse a existir muito depois dessa data, finaliza.
c130 Suetônio
Caio Suetônio Tranquillus, (75 -160)
Biógrafo e cronista romano. Tornou-se secretário de Adriano, posto que perdeu ao ser envolvido em uma intriga palaciana. A partir de então, devotou-se a escrever, sendo que sua obra mais conhecida é De Vita Caesarum (Vida dos Primeiros Doze Césares), memorável pela concisão, elegância e imparcialidade. De seus demais textos chegaram aos tempos atuais apenas fragmentos; versavam sobre figuras literárias proeminentes de Roma. Enciclopédia Folha (9)
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