Deus
por J Alexandre
Reformador (FEB) Fev 1974
‘Não se turbe o vosso coração; crede em Deus, crede também em mim’.
Jesus (João 14:1)
No princípio, fomos politeístas.
Os iniciados nas leis divinas auxiliavam a organizar o nosso sentimento religioso. Sabendo que éramos incapazes de entender a existência dum único princípio inteligente, ensinavam-nos a ver em cada departamento da Natureza a presença dum Deus-parcial.
Aceitamos, assim, pequenos deuses que respondiam pela precipitação de fenômenos naturais que escapavam de nossa compreensão.
Um para a chuva, outro para a Primavera...
O povo hebreu, com Moisés, vitalizou a idéia do deus único.
Ao generalizar-se tal princípio, sem que pudéssemos sepultar as interpretações dos deuses regionais e parciais, buscamos atribuir ao Pai Eterno a configuração humana.
Deus era um super-homem.
Possuía virtudes e muitos de nossos defeitos.
Era superior a nós por seus poderes, mas semelhante por suas incontáveis paixões.
O Espiritismo veio criar uma nova aurora.
A primeira pergunta em ‘O Livro dos Espíritos’ liquida em definitivo a existência de Deus nas formas e limitações humanas.
- Que é Deus?
Ele não é um ser: é o princípio de todas as coisas.
Sabemos que existe porque criou tudo o que não criamos.
Deixamos, também, com o Espiritismo, de querer abranger o infinito com nossas inquietações, porque Ele excede às nossas limitações espirituais do presente.
Voltamo-nos para Jesus, por ser a maior expressão de virtudes a nosso alcance.
Quanto ao Criador, já o designamos com carinho: Pai Eterno.
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