segunda-feira, 21 de março de 2011

Gratidão ao Mestre



Gratidão ao Mestre


            Sim, Mestre, eu procuro ser teu discípulo. Há vinte e dois anos, debruçado sobre os teus livros, procuro arrancar da letra, que mata, o espírito que vivifica, porque a tua doutrina é espírito e vida.
            Os tempos já são chegados da Humanidade compreender o Deus-Espírito todo amor, todo misericórdia, a alma da criação, a quem a criatura confiante deve-se entregar, certa de que Ele, o Pai Perfeito, não dá uma pedra ao filho que lhe pede um pão. Debruçado sobre os teus livros, brancos têm ficado os meus cabelos e forte se tem tornado o meu espírito. Hoje, mais corajoso que ontem e mais forte que nunca, encaro a luta com a serenidade daqueles que têm a certeza da vitória. A tua obra, Mestre, incutiu no meu espírito, até então indeciso senão indiferente, a crença,  já agora inabalável, de que Deus existe, de que o progresso é lei imutável e positiva, e de que a minha felicidade é função do estado moral do meu espírito, cujo progresso exclusivamente e só, depende de meus esforços em demanda de Jesus. Dia a Dia, Mestre, banhado da tua doutrina, nova energia descubro no meu espírito e, neste momento, sinto o braço potente e másculo do meu Guia, amparando o meu pobre ser, a segredar com voz angélica, aos meus ouvidos:

            “-Caminha, filho: a vitória é certa, pois Jesus é contigo. E quem poderá ser contra ti, se Jesus é por ti?! Ora, e não temas. Estuda-te a ti mesmo; reforma todos os teus pensamentos, palavras e obras e procura moldá-los pelo código cristão: O Evangelho. Ser espírita é ser cristão e ser cristão é ser perfeito. Aproveita todo o teu tempo, pois o das futilidades já lá vai. Hoje tu és espírita, e sabes que a fraqueza e a infelicidade dos homens estão nos seus próprios defeitos e vícios. Sabes que és dotado de vontade e que essa vontade é tua, a tua vontade no sentido da tua regeneração e então serás espírita e darás ao teu Mestre Allan Kardec a prova do teu reconhecimento e da tua gratidão.”
Por mim falou o meu Guia, e depois dele o que mais pode acrescentar o pobre e mesquinho...  

                                                                                                                                                                                      Discípulo de Max   Setembro, 1903

Nota do blogueiro: 
Pedro Richard assinava  “Discípulo de Max” em alguns de seus escritos.. 
Bezerra de Menezes utilizou-se do pseudônimo  “Max”, encarnado ou não.

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