Jorge Faleiros por Chico Xavier
Reformador (FEB) Agosto 1963
Desde muito chorava o belo filho morto,
Num desastre de mar em suntuoso falucho (barco à vela),
Triste, a fidalga anciã vivia em pranto e luxo,
No esplêndido solar ao pé de velho porto...
Certo dia, a criada, em rijo desconforto,
Dá-lhe um pobre enjeitado, um magro pequerrucho,
Ela clama: “Não quero! Isto é morcego e bruxo,
Tem na face do monstro o nariz feio e torto!...”
E a dama solitária, em angústia insofrida,
Atravessou a morte e acordou noutra vida,
Buscando ansiosa e rude, a afeição do passado...
Debalde soluçou, na lição do destino...
Ao desprezar na Terra o infeliz pequenino,
Recusara, orgulhosa, o filho reencarnado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário