Espiritismo
– força social
Vinélius
DI MARCO (Indalício Mendes)
Reformador
(FEB) Junho 1962
Ninguém foge aos efeitos de suas
ações terrenas, sejam elas meramente morais ou materiais. A antiga “pena de
talião” nada mais era que a “lei de causa e efeito”, mas interpretada
erroneamente e erradamente aplicada. “Quem com o ferro fere, será ferido” é um
axioma certo, utilizado, porém, pelos homens para vinganças e castigos cruéis.
Ele, no entanto, está subordinado à lei cármica, que o homem antigo não conhecia
e, consequentemente, não poderia interpretar com propriedade.
A verdade é que ninguém foge às leis
imutáveis que regem a vida moral, material e espiritual. Os que, imprevidentemente,
lançam atrás de si os espinhos do ódio, da maldade, da incompreensão e da
intolerância, esquecem-se de que terão de voltar, um dia, pelo mesmo caminho, e
lá encontrarão os mesmíssimos espinhos, que lhe farão sangrar os pés...
Por tudo isso, a Doutrina Espírita,
sem hebetar o homem nem lhe tolher a liberdade de escolher e pensar, dá-lhe os
meios de libertação individual pela educação.
Desesperar é inútil e negativo. Toda
reação-violência é prejudicial embora possa, aparentemente, trazer benefícios.
No final, as consequências serão tão sérias que preferível teria sido mais paciência
e esperança. A Doutrina Espírita desperta o homem para o conhecimento real da
vida, porque ele aprende as lições existentes entre o mundo físico e o mundo
invisível, afirmando-lhe que nunca estamos sós.
Educando o homem, fazendo-o conscientemente
melhor, o Espiritismo se constitui numa força social. O conhecimento do problema reencarnacionista desvenda
os olhos da criatura humana, pois lhe explica muitas aparentes contradições,
muitas aparentes injustiças, muitos pretensos paradoxos, demonstrando que a
vida de cada um de nós está fortemente ligada a outras existências, passadas e
vindouras.
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