Não julgueis
de Bezerra de Menezes (Espírito)
por Aura Celeste (Adelaide Câmara)
Fonte: “Do Além”, 4º fasc., CCXII, 20 de Maio de 1924
Livro: “Tudo por Cristo!”
Edição: Pongetti / Fundo de Publicações AMARO CÂMARA - 1960
Asilo Espírita João Evangelista
Meus amigos, criaturas há impulsivas para quem no primeiro momento tudo é bom, perfeito, razoável, e sob essa impressão procuram agir; é errônea essa maneira de proceder, falso esse modo de interpretar os atos dos seus irmãos. Daí se originam contendas, perfídias, apreciações injustas, que não só vão ferir a pessoa que o produziu, mas afetam também o próprio pensador. Eis porque Nosso Senhor Jesus Cristo disse: Não julgueis para não serdes julgados.
Sim, meus amigos, com a medida com
que medirmos, com essa medida seremos nós medidos, isto é, no grau e da forma
que perdoarmos, dessa forma seremos perdoados. Lembrai-vos, meus amigos, de que
a vida do cristão deve ser o espelho no qual se reflitam todos os atos
comprobatórios da sua sinceridade. Dizer com os lábios, pregar virtude e não exemplifica-las
nos fatos de sua vida de relação é um pensar errado, é uma maneira de proceder
que não se coaduna com os preceitos evangélicos.
No entanto, tivemos na Terra o
Modelo perfeito de todas as virtudes, Nosso Senhor Jesus Cristo, que tudo
exemplificou com humildade! Sim, meus amigos, porque o homem muitas vezes
interpreta o perdão, como ato de nobreza orgulhosa do seu caráter, ele sabe que
perante o mundo lhe fica bem esse perdão; entretanto esse não é o perdão
verdadeiro, não é o que foi ensinado pelo Cristo de Deus.
É preciso que saibais perdoar com
humildade, isto é, atenuando as d´vidas do ofensor, justificando sua
fragilidade, atribuindo à fraqueza do seu espírito, porquanto não fosse espírito
fraco e possuísse envergadura suficiente para dar execução ao ensino de amor,
certamente não fenderia seus irmãos.
Assina: Max (Bezerra de Menezes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário