segunda-feira, 19 de abril de 2021

Evangelho e Vida

 

 EVANGELHO e VIDA

 

No mundo de hoje, há boa vida e há vida boa.

Boa vida é bem estar.

Vida boa é estar bem.

Por isso, temos criaturas de boa vida

 e criaturas de vida boa.

A boa vida tem rastros de sombra.

A vida boa apresenta marcas de luz.

A desordem favorece a boa vida.

A ordem garante a vida boa.

Palavra enfeitada costuma escorar boa vida.

Bom exemplo assegura vida boa.

Preguiça mora na boa vida.

Trabalho brilha na vida boa.

Ignorância escurece a boa vida.

Educação ilumina a vida boa.

Egoísmo alimenta a boa vida.

Caridade enriquece a vida boa.

Indisciplina é objetivo da boa vida.

Disciplina é roteiro da vida boa.

Vejamos as lições do Evangelho:

Madalena, obsidiada, perdera-se nos enganos da boa vida, mas, encontrou em nosso Divino Mestre a necessária orientação para a vida boa.

Zaqueu, afortunado, apegara-se em demasia às posses efêmeras da boa vida, entretanto, ao contato de Nosso Senhor, aprendeu como situar os próprios bens na direção da vida boa.

Judas, o discípulo invigilante, procurando a boa vida, entregou-se à deserção, e sentindo extrema dificuldade para voltar à vida boa, foi colhido pela loucura.

Simão Pedro, a apóstolo receoso, tentando conservar a boa vida, instintivamente, negou o Divino Amigo por três vezes numa só noite, entretanto, regressando, prudente, à vida boa, abraçou o sacrifício pela própria ascensão, desde o dia do Pentecostes.

Pilatos, o juiz dúbio, interessado em desfrutar boa vida boa, lavou as mãos quanto ao destino do Excelso Benfeitor, adquirindo o arrependimento e o remorso que o distanciaram da vida boa.

Como é fácil observar, nas estradas terrestres, há muita gente de boa vida e pouca gente de vida boa, porque a boa vida obscurece a alma e a vida boa mantém a consciência acordada para o desempenho das próprias obrigações.

Estejamos alertas quanto à posição que escolhemos, porquanto, pelo tipo de nossa experiência diária, sabemos com segurança em que espécie de vida seguimos nós.

 Scheilla

(por Chico Xavier em “Comandos do Amor” Ed. IDE)

 


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