Espiritismo
e loucura
por Antonio Wantuil de
Freitas Reformador
(FEB) Março 1952
De quando em vez, um que outro médico, voltando à vaca
fria, se arvora em novo profeta e proclama em tons apocalípticos a nocividade
do Espiritismo, destacando-o, já enfadonhamente, como verdadeira “fábrica de
loucos”, cuja destruição se faz imprescindível para o bem público.
As estatísticas fabulosas dos
Leonidios e Xavieres já o foram e continuam a ser desmentidas por inúmeras
autoridades ligadas à ciência das doenças mentais.
Ainda agora, numa entrevista
concedida a “0 Globo” de 19 de Fevereiro do corrente, no que se refere à
liberação das bebidas alcoólicas durante os festejos de Momo, o Dr. Humberto
Matias Costa, diretor do Hospital de Neuro-Sífilis, externou-se contrário a
essa liberação, afirmando mais adiante:
“'Trabalhando, como
trabalho, em clínica de doenças mentais, posso constatar - e isso é coisa
sabida - que a grande maioria dos doentes internados em hospitais de doenças
mentais se compõe dos alcoólatras ou de filhos do alcoólatra. Os epilépticos,
por exemplo, são, geralmente, descendentes de viciados do álcool.”
Assim, mais uma vez nos certificamos
de que a “grande maioria” nenhuma relação tem com os espíritas.
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