sábado, 3 de outubro de 2020

Pão

 


Pão

Emmanuel por Chico Xavier

Reformador (FEB) Abril 1963

           “Eu sou o pão da vida – Jesus (João, 6:48)

             Importante considerar a afirmativa de Jesus, comparando-se ao pão.

            Todos os povos, em todos os tempos, se ufanam dos pratos nacionais.

            As mesas festivas, em todas as épocas, banqueteiam-se com viandas exóticas. Condimentação excitante, misturas complicadas, conteúdos extravagantes, grande cópia de animais sacrificados.

            Às vezes, depois das iguarias tóxicas, as libações de entontecer.

            O pão, no entanto, é o alimento popular.

            Ainda mesmo quando varie nos ingredientes que o compõem e nos métodos de confecção em que se configura, é constituído de farinha amassada e vulgarmente fermentada e que, depois de submetida ao calor do forno, se transforma em fator do sustento mundial. Sempre o mesmo, na avenida ou na favela, na escola ou no hospital.

            Se lhe adicionam outra espécie de quitute, entre duas fatias, deixa de ser pão. É sanduíche.

            Se lançado à formação de acepipe que o absorva, naturalmente desaparece.

            O pão é invariavelmente pão.

            Quando alguém te envolva no confete da lisonja, insuflando-te vaidade, não te dês à superestimação dos próprios valores. Não te acredites em condições excepcionais e nem te situes acima dos outros.

            Abraça nos deveres diários o caminho da ascensão, recordando que Jesus - o Enviado

            Divino e Governador Espiritual da Terra - não achou para si mesmo outra imagem mais nobre e mais alta que a do pão puro e simples.


Nenhum comentário:

Postar um comentário