Pão
Emmanuel por Chico Xavier
Reformador (FEB) Abril
1963
“Eu sou o pão da vida – Jesus (João, 6:48)
Todos os povos, em todos os tempos, se ufanam dos pratos
nacionais.
As mesas festivas, em todas as épocas, banqueteiam-se com
viandas exóticas. Condimentação excitante, misturas complicadas, conteúdos extravagantes,
grande cópia de animais sacrificados.
Às vezes, depois das iguarias tóxicas, as libações de
entontecer.
O pão, no entanto, é o alimento popular.
Ainda mesmo quando varie nos ingredientes que o compõem e
nos métodos de confecção em que se configura, é constituído de farinha amassada
e vulgarmente fermentada e que, depois de submetida ao calor do forno, se
transforma em fator do sustento mundial. Sempre o mesmo, na avenida ou na favela,
na escola ou no hospital.
Se lhe adicionam outra espécie de quitute, entre duas
fatias, deixa de ser pão. É sanduíche.
Se lançado à formação de acepipe que o absorva, naturalmente
desaparece.
O pão é invariavelmente pão.
Quando alguém te envolva no confete da lisonja,
insuflando-te vaidade, não te dês à superestimação dos próprios valores. Não te
acredites em condições excepcionais e nem te situes acima dos outros.
Abraça nos deveres diários o caminho da ascensão,
recordando que Jesus - o Enviado
Divino e Governador Espiritual
da Terra - não achou para si mesmo outra imagem mais nobre e mais alta que a do
pão puro e simples.
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