Surto
do Espiritismo
Arlindo
Collaço
Reformador (FEB) 3 Outubro
1929
Com justa razão se pode dizer que a melhor e maior
propaganda do Espiritismo é feita pelos fatos.
A sua enorme extensão pode ser explicada pela circunstância
de nenhuma outra religião ter produzido fatos semelhantes aos seus, no terreno
das curas e dos fenômenos psíquicos que são os seus predicados e o meio de sua
dupla difusão, patrocinada pelos invisíveis.
Os fatos estão bem registrados por sábios eminentes.
Já não é justo duvidar-se de que o Espiritismo se propaga
quotidianamente, tanto nas classes incultas, onde predominam a inteligência
simples e retas, como nas elevadas, onde existem os homens de maior cultura.
Pelo crescente número de adeptos todo os dias ingressados
em seu campo, pode dizer-se, sem temor de contradita, que cada um deles vem do
catolicismo (quase sempre); portanto, é um de menos nesse campo.
Sem dogmas, sem ritos, porém com o braço forte dos fatos,
à nova doutrina vem altissonante trazer o seu penhor de verdade à humanidade já
cansada de tantas crenças caducas,
Acaba agora de entrar nos arraiais das academias, com
grande êxito, de lá vicejando pelo mundo, qual flor olorosa sobre as ruínas do
materialismo agonizante.
É maravilhoso, nesta época, ver o seu rápido progresso não
obstante a coação, de um lado, dos semi sábios (isto é, dos de pouca ciência)
dos quais o mundo atual é composto, e, do outro lado, a forte corrente dos
interesses pecuniários em ação.
Nada é mais impressionante; os dois gladiadores estão na
arena, de gládio em punho. A quem caberá vitória? Não há dúvida: a verdade triunfa
sempre.
Os Victor Hugo, os Vacquerie, os Michelet hão de vir.
Alerta! Alerta, pois, espíritas, mãos à charrua, sem
olhar para trás. O futuro aí vem e com ele a vitória da doutrina de que A.
Kardec for o missionário.
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