Servos Inúteis
17,7 Qual de vós, tendo um servo
ocupado em lavrar ou em guardar o gado, quando voltar do campo lhe dirá; -Vem
depressa sentar-te à mesa!
17,8 E não
dirá, ao contrário: -Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto como e
bebo. Depois, comerás e beberás tu!
17,9
E, se o servo tiver feito tudo o que lhe ordenara, porventura fica-lhe o
senhor devendo alguma obrigação?
17,10 Depois de haverdes feito quanto vos foi
ordenado, dizei: -Somos servos inúteis: Fizemos o que devíamos fazer!
“Guarda tua alma no júbilo de
servir.
Não reclames honrarias, por mais
alto te pareça o triunfo em tuas mãos.
Se a terra se julgasse dona da
árvore que frutifica na sua crosta, intentando negar-lhe arrimo, não faria mais
que o vegetal lhe dispensa, e se a árvore se presumisse proprietária da terra
que a suporta, fugindo-lhe às bases, nada mais conseguiria que a eliminação de
si mesma.
Atenta, porém, à seiva e ao
equilíbrio que a Sabedoria divina lhe assegura entra em abençoada cooperação e
produz a bênção da colheita.
Todos
os bens da vida fluem da Bondade de Nosso Pai.
Nas tuas horas de êxito medita nas forças conjugadas que
te sustentam.
Pensa
nos que te beneficiam e te instruem, nos que te amparam e te garantem.
Orgulhar-se
das boas obras é ensombrar a própria visão, invocando homenagens indébitas que,
de direito, pertencem a Deus.
À
maneira do instrumento leal e dócil deixa que o Sumo Bem te use a vida.
O violino, ainda mesmo o de mais
rara fabricação, não vale por si.
Engrandece-se, porém, na fidelidade com que
se rende às mãos do artista que o integra na exaltação da Harmonia Eterna.”
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