Suportemos
Emmanuel por Chico Xavier
Reformador (FEB) Maio 1959
“Tenha
a paciência a sua obra perfeita.” (Tiago 1:4)
Detém-te
um minuto no torvelinho das preocupações costumeiras e repara que deves o
próprio equilíbrio à Paciência Divina, a sustentar-nos em cada instante da
vida, através de mil modos.
Muita
gente, talvez, em te fitando na ternura do recém-nato, duvidasse da tua
capacidade de sobreviver para a existência terrestre, mas Deus teve paciência
contigo e conferiu-te o devotamento materno que te ajudou a ativar as energias
do próprio corpo.
Entendidos
de psicologia, em te anotando a intempestividade infantil, provavelmente
desconfiaram da tua possibilidade de alfabetização, mas Deus teve paciência
contigo e concedeu-te a heroica ternura de professores abnegados que te abriram
novos horizontes no campo da educação.
E
a paciência do Senhor, cada dia, permite, generosa, que tales plantas inermes,
que te assenhoreies do suor e do sangue dos animais, que te apropries das
forças da Natureza e que te valhas, indiscriminadamente, do concurso dos
semelhantes para que te alimentes e mediques, restaures e instruas.
Lembra-te
dessa Paciência Perfeita que te beneficia, e cultiva paciência para com os
outros.
O
companheiro cuja aspereza te ofende e o aprendiz cuja insipiência te irrita são
irmãos que te rogam cooperação e entendimento, e quantos te caluniem ou
apedrejem são doentes que te pedem simpatia e consolo...
Mas
para que colabores e compreendas, harmonizes e reconfortes é necessário que a
tolerância construtiva te alente os passos.
À
frente dos óbices de todo gênero, guarda a paciência que ajuda e, diante dos
ataques de toda ordem, cultiva a paciência que esquece.
Escuda-te,
pois, na paciência para com todos, sem jamais te esqueceres de que a alegria
dos homens é a Paciência de Deus.
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