sexta-feira, 7 de junho de 2019

Psicografia



Psicografia
Luís Gastin
Reformador (FEB) Novembro 1923


Comunicação recebida, na sessão pública de estudo do Evangelho na FEDERAÇÃO, a 17 de Julho findo, pelo médium audiente A. Celeste. (Aura Celeste?)

“Louvada seja a misericórdia do Senhor, que me permitiu chegar até vós; que a sua santa Paz penetre em vossos corações, que aí permaneça e não me desampare.

Durante todo o tempo da vossa sessão, meus caros amigos, estudei, aprendi, meditei o sofrimento. Sou talvez o mais sofredor entre todos vós, os que aqui estais. Não me refiro aos meus irmãos da terra, mas aos que comigo baixaram a este recinto. Trago dentro de mim amarguras profundas, tristezas incontidas e mágoas que não sei exprimir.

Há bem pouco tempo, amados irmãos meus, vivi entre vós, fui acatado por todos, estimado e querido de muitos, e a vida não me correu adversa. No entanto, eu, que tinha tido do espaço a tarefa de ser fiel cumpridor das leis santas do divino Mestre, baixando à Terra, carregado de pesados compromissos assumidos em encarnações outras, mais uma vez fali, não se lembrando sequer o meu espírito dos encargos tomados na erraticidade. Mas, uma leve reflexão acudiu ao meu cérebro, chamando-me ao cumprimento do meu dever, para afastar-me das coisas que praticara, conscientemente, em detrimento da lei do meu Criador!

Fui estimado, tive posição de destaque, mas nunca soube refrear os ímpetos do meu gênio, que, mais uma vez, me atirou aos abismos profundos em que me encontrei até há poucos momentos.

Almas piedosas têm a mim; muitos dos que se mostram têm elevado suas orações ao céu em meu favor. A todos sou muito grato e imploro que sobre todos baixem as bênçãos do Senhor para que sejam felizes e tenham sempre diante dos olhos o quadro das suas responsabilidades, a fim de não assumirem compromissos que, posteriormente, terão de ser resgatados à custa de sacrifícios que não podeis calcular.

Tenho sofrido imenso. Minha alma suspira pela luz do céu e diante do meu Deus me reconheço o maior dos criminosos. Eu, que recebi aquilo que não merecia, eu que não soube zelar os dons celestiais!

Meus prezados irmãos, se a alguém ofendi quando na Terra, se alguém de mim guarda ressentimento, peço me perdoe, no mesmo momento em que faço a minha confissão pública perante vós, suplico-vos: não me desampareis nas vossas preces, para que a luz do Senhor, penetrando nos antros profundos da minha consciência, possa cada vez mais esclarece-la, muito embora cresça a minha dor, com o arrependimento da falta cometida na minha última encarnação.

Pedi por mim, meus irmãos, para que a minha fé não vacile, quando novamente baixar à Terra.”

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