segunda-feira, 20 de maio de 2019

Rondando a Cidadela


Rondando a Cidadela
por Canuto Abreu
Reformador (FEB) Julho 1923

             A propósito dos novos folhetins de COELHO NETO no “Jornal do Brasil”.

            Raríssimos os intelectuais de nosso país que não conheçam através dum fato a lógica inflexível da teoria espirita. Numerosos são mesmo os que entre eles professam em silêncio a filosofia que se edifica sobre ela, à espera do primeiro ensejo para a propalar, na Faculdade de Medicina, na de Direito e na Escola Politécnica, esferas onde mais frequentemente se encontra nosso verdadeiro escol científico, os que admitem por fé comprovada a doutrina dos espíritos são em maior número do que os que a infirmam por falta de provas em laboratórios. Um distinto acadêmico disse-nos há dias que a mesma maioria se verifica na Academia de Letras.

            O Espiritismo nada ganha com isso; o sol não adquire maior prestigio por se refletir no cristal e no diamante. Mas ganhamos nós, vendo a teoria que nos felicita refulgir de cérebros cultivados.

            A tela enriquece-se com a moldura. Alegra-nos, portanto, prever para breve um grande surto de literatura espírita no Brasil. Teremos episódios cheios de atrativos, retirados desse campo vastíssimo, pouco explorado ainda. O Espiritismo alimentará a imaginação literária de intensidades jamais sentidas, porque é, não a fonte de uma inspiração singular e duvidosa, mas o caudal de inspirações verdadeiras, universais, sopradas no empenho uniforme de implantar uma noção religiosa mais adequada à época. O enredo assim será mais impressionante pelo princípio de causalidade e finalidade que estabelecerá. Até agora as misérias, as visões, os acasos, as felicidades, as coincidências que formam nossa bagagem literária eram encarados apenas pelo lado humano, como efeitos duma causa misteriosa.

            Para os que de preferência ao romance buscam a palavra do Evangelho espírita, a nossa literatura kardequiana basta. Para quantos, porém, viciados no ópio da fantasia leiga, no aroma da poética profana, procuram a verdade através da comoção, o concurso dessa literatura será inestimável por semear em canteiros onde só lia superstições desconsoladoras as roseiras da Piedade, cujas flores receberão um dia, ao alvorecer da Dor, o orvalho doce e reconfortante da Revelação.

            O primeiro clangor (som forte) da era que anunciamos acaba de ser proferido pelo príncipe das letras brasileiras. Não se trata aí dum gesto leviano para fascinar a atenção, dum arremesso contra moinhos de vento, como se poderia cuidar à primeira vista. É o depoimento duma alma sincera. É uma espada rebrilhante erguida com entusiasmo, apelando outras para o ataque da Verdade. E outros virão por ele. Ao toque de rebate, muitas consciências despertarão da dúvida e correrão à arena, enquanto que outros, quiçá em maior número, agremiarão lanças, chuços (objeto artesanal pontiagudo), e peçonha para arrostar (enfrentar) com os destemidos. Haverá lugar para todos no amplo anfiteatro da imprensa.

            O que aí se antevê já se produziu em Paris há pouco tempo. O Espiritismo vinha sendo a ordem do dia, na rua, nas residências, nos círculos, nos templos. A Revue de France publicava folhetins sensacionais de Marcel PREVOST; a Revue de Paris mantinha uma coluna para escritores notáveis do assunto. A Revue Universelle, a Lectures pour Toustantas outras cuidavam com interesse das questões espíritas, e a própria Ilustration amparava o novo gênero de literatura. Também os diários não desprezavam caso algum de psiquismo. Estava, numa frase, em plena moda “faire tourner la table et parler les esprits”. E até numa igreja parisiense o padre MAINAGE, professor do Instituto Católico, autorizado diretamente pelo Papa a estudar o Espiritismo prático, fazia conferências exaltadas, sustentando coerentemente a existência dos fenômenos e atribuindo-os ao Diabo, personagem simbólicos do Mal. Sentia-se no ar uma agitação misteriosa maior do que a guerra recém-extinta: a descoberta científica da alma fora do corpo. Para super excitação geral, estourou a notícia (falsa aliás) de que EDISON, após acurados estudos metapsíquicos, descobrira afinal o aparelho que devia substituir o médium. Não houve um só jornal em toda a França, exceto os empenhados na contrapropaganda, que não registrasse a empolgante noticia. E as sociedades de estudos psíquicos multiplicavam-se. Fundou-se o Instituto Metapsíquico de Paris, para logo reconhecido de utilidade pública por decreto especial. Reuniu-se em Copenhague o Congresso de Experiências Psíquicas e preparava-se outro para Varsóvia. Não havia afinal nome importante de cientista ou literato que escapasse a ver-se envolvido numa observação espírita, diante de mediunidades célebres. E os romances de fundo psíquico ou abertamente espírita vinham surgindo num crescendo assustador. Um deles obteve mesmo o primeiro prêmio FANNY, de 1921, e outro foi coroado pela Academia das Ciências.

            Era indescritível a comoção parisiense, quando começou a memorável pugna, a que assistimos de perto, e que ainda perdura. A revista ‘L'Opinion’, órgão católico, recebeu de braços abertos o plano de Paul HEUZE, rapaz insinuante, inteligente e sagaz. Era na aparência um simples inquérito sobre o estado presente das ciências psíquicas, mas no fundo uma violenta armadilha para colher os incautos. E daí, em meio à mais formidável das confusões de apartes, respostas e réplicas, retratações, invenções e insultos, surgiu o debate sobre a tese da moda: vivem ou não vivem os mortos? Cada número de ‘L'Opinion’ era uma nova surpresa dolorosa para uns, congratulatória para outros, estupefaciente para todos. Primeiro, fizeram falar GABRIEL DELANNE, o discípulo mais notável de KARDEC, “de qui le nom est connu et réputé, non seulement dans le mond des spirites, mais dans le mond tout court” (P. HEUZÉ). E o presidente perpétuo da Sociedade Francesa de Estudos dos Fenômenos Psíquicos, diretor da Reviste, Científica e Moral do Espiritismo, presidente da União Espírita Francesa, o autor de inúmeras obras continuadoras das de KARDEC, teria começado assim: “A maior parte dos fenômenos de ordem misteriosa toda a gente já descobriu que são produtos da faculdade psíquica do próprio paciente, ou comunicações mento-mentais de vivo a vivo.” ... Deram depois a palavra a FLAMMARION, de quem não precisamos dizer nada mais que o nome universal, e o sábio teria dito: “Comecei meus trabalhos sobre esse assunto em 1862; lá se vão, pois, sessenta anos de pesquisas e hoje só posso afirmar uma coisa: é que nada sei, é que não compreendo nada, absolutamente  nada ...” E dama FLAMMARlON, a acrescentar pelo astrônomo: "Já vos disse que meu marido não é espírita e repito-vos: “Pas spirite de tout...” E outros grandes nomes do Espiritismo e do metapsiquiso vieram a público na cilada de ‘L' Opinion’: RICHET, GELEY, BlSSON ... Falaram também a senhora CURIE, MAETERLINCK, BRANLY, CONAN DOYLE e até mesmo o padre MAlNAGE. A teoria espírita parecia periclitante no apaixonado embate, quando enfim se verificaram os embustes, as deturpações, as falsas interpretações. Os lutadores de boa fé afastaram-se, deixando na arena a incomensurável multidão de ignorantes, que ama crítica acerba e detesta o estudo, a apanhar falsos troféus.

            Assim será também no Brasil.

            COELHO NETO deu-nos a razão de sua atitude, iniciando o novo gênero literário: o poder dos fatos, a lógica dos raciocínios e principalmente o desejo de consolar, como se consolou a si próprio. O primeiro folhetim, “Conversão”, ele o arquitetou sobre um fato que lhe foi narrado a bordo do Andes, na sua recente viagem ao Norte, por família brasileira respeitável, que merece dele e de todos a mais segura confiança. Registra, portanto, uma verdade e não uma ficção. O segundo, sob a epígrafe “Imã”, é, nada mais nada menos, do que a fiel narrativa de acontecimento verificado em sua casa, testemunhado por idoneidades incontestes. Os vinte e três futuros contos terão a mesma diretriz e a mesma sinceridade, e todos serão afinal apanhados num volume denominado “Sombras”. Os folhetins não virão seriados, pois, fora alguns já esboçados, os mais não acudiram ainda sequer à mente do mestre. Tudo estará subordinado à inspiração do momento, a uma força que de vez em vez o atrai para o assunto. A obra, porém, se dividirá em duas partes. a sugerida pelo meio objetivo e a sugestionada pelo meio subjetivo; será uma obra de fluxo e refluxo.

            O primeiro dos nossos escritores disse-nos isso com aquela simplicidade superior tão sua característica, quando o entrevistamos em nome da FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Explicou-nos a satisfação em que se encontrava por ver quão bem recebido havia sido o primeiro folhetim. Cartas de muito longe e de perto, abraços na rua, cumprimentos pelo telégrafo, visitas inesperadas. Sente-se bem. Não conhece o problema psíquico pelos recentes estudos que está fazendo para mais de trinta anos que o primeiro fenômeno espírita insofismável feriu a sua emotividade. Contou-nos qual foi e narra-lo-á brevemente. Será a nosso ver uma das páginas mais empolgantes do “Sombras”, culminante mesmo. Não porque encerre um caso raro em nossa fenomenologia, sim porque se deu com o escritor em pessoa, no seio de sua própria família, irradiando-se pelos assistentes e convertendo ao Espiritismo personalidades do maior destaque social. Uma delas foi o saudoso confrade professor ÉRICO COELHO. A maior parte das narrativas será, porém, fruto das observações de pessoas íntimas, absolutamente equilibradas, íntegras, honradas, que merecem toda a confiança do publicista. Não se esquivará, como nunca se esquivou, a tratar do assunto prática e teoricamente. Já fez parte de uma sociedade psíquica, onde, infelizmente, nada viu de positivo. Mas deseja ver.

            O fino estilista das “Sombras” é uma alma profundamente religiosa. Nunca teve, afirmou-nos, a menor dúvida na existência de Deus, na imortalidade da alma, na sua influência sobre os homens. Arregimentou-se desde a infância no catolicismo e respeitou sempre todas as mais crenças religiosas, quando ditadas pela sinceridade. Nunca compreendeu como se pudesse, no meio de tantas atestações divinas, ser um materialista convicto.

            É espírita?

            Seria intempestivo assegura-lo. No grande pensador brasileiro não desabrochou bem ainda a flor da nova crença. Esperemos que o tempo, as tempestades da vida, as sucessivas observações das coisas, sob o sol de sua prodigiosa inteligência, lhe abram de todo a rosa do coração.

            COELHO NETTO não pode ainda afirmar como CROOKES: “Não digo que o fato se pode dar; afirmo que se dá.”

            “Sapiens nihil affirmat quod non probet” (o sábio nada afirma que não prove)
e, portanto, não possuindo ainda cópia suficiente de provas, COELHO NETTO não quer afirmar nem negar a REENCARNAÇÃO, teoria que forma, com a comunicabilidade e a sobrevivência das almas, o triângulo espírita em que precisa crer o adepto.

            Eis aí porque, antes que outros, pressurosos, venham clamar que ele ainda
não aderiu completamente ao Espiritismo, o dizemos nós.

            Por enquanto, COELHO NETTO está apenas rondando a cidadela.
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PS.: O que colocamos a seguir foi extraído do site https://espirito.org.br

            “A Conversão de Coelho Neto ao Espiritismo
            Enviado em 31/07/2015 | Escrito por Jornal Mundo Espírita de Março de ...
            Sobre a conversão do notável e saudoso escritor Coelho Neto ao Espiritismo, eis a entrevista publicada pelo “Jornal do Brasil”, de sete de julho de 1923 que ora transcrevemos:

            “Sim, tens razão. Combati, com todas as minhas forças, o que sempre considerei a mais ridícula das superstições. Essa doutrina, hoje triunfante em todo o mundo, não teve, entre nós, adversário mais intransigente, mais cruel do que eu.
            Em casa, onde a propaganda, habilmente insinuada, conseguira fazer prosélitos, todos temiam-me, apesar da minha conhecida tolerância em matéria de fé, porque eu não deixava passar um só dos livros de preparação e opunha-me, com energia, às tais sessões reveladoras. Mas que queres?
            Não tiveram os cristãos inimigo mais acirrado do que Saulo até o momento em que, na estrada de Damasco, por onde ia para a sua campanha de perseguição, o céu abriu-se em luz e uma voz do Alto o chamou à fé. E de inimigo que era não se tornou, o tapeceiro de Tarso, o mais fervoroso e abnegado apóstolo do Cristianismo, saindo a pregar a Palavra suave ao gentio pagão? Pois, meu caro, a minha estrada de Damasco foi o meu escritório e, se nele não irradiou a luz celestial, que deslumbrou S. Paulo, soou uma voz do Além, voz amada, cujo eco não morre em meu coração.
            Sabes que, depois da morte da pequenina Ester, que era o nosso enlevo, a vida tornou-se sombria. A casa, dantes alegre com o riso cristalino da criança, mudou-se em jazigo melancólico de saudade. Passei a viver entre sombras lamentosas.
            Minha mulher, para quem a netinha era tudo, não fazia outra coisa senão evocá-la, reunindo lembranças: roupas que ela vestira, brinquedos que a acompanharam até a última hora, entre os quais a boneca, que foi com ela para a cova, porque a pobrezinha não a deixou até expirar.
            Júlia… coitada! Nem sei como resistiu a tão fundos desgostos; seis meses depois do marido, a filha.
            Pensei perdê-la. Todas as manhãs lá ia ela, para o cemitério, cobrir o pequenino túmulo de flores, e lá ficava, horas e horas, conversando com a terra, com o mesmo carinho com que conversava com a filha. Ia depois ao túmulo do marido e assim vivia entre mortos, alheia ao mais, indiferente a tudo.
            Propus mudarmo-nos para Copacabana. Opôs-se. Insistiu em ficar na casa em que fora feliz e desgraçada, mas onde perduravam recordações do seu tempo de ventura.
            Temi que a seduzissem para o Espiritismo, que a lançassem ao turbilhão do mistério em que se agitam as almas do nosso tempo, como endemoninhados da Idade Média corriam ao sabbat, nos desfiladeiros sinistros. No estado de abatimento moral em que ela se achava, seria arriscado perturbar-lhe a razão com práticas nigromânticas.
            As minhas ordens, dadas em tom severo, foram obedecidas. Júlia passava os dias no quarto, que fora da pequena, e de fora ouvíamo-la falar, rir, contar histórias de fadas, exatamente como fazia durante a vida da criança.
            Tais ilusões dolorosas eram bálsamos que mitigavam o sofrimento da alma, como a morfina alivia as dores. Cessada a ilusão, o desespero irrompia mais acerbo.
            Uma noite, minha mulher entrou-me pelo escritório, lavada em lágrimas, e disse-me,
abraçando-se comigo, que a filha enlouquecera.
            – Por quê?! perguntei.
            – Está lá embaixo, ao telefone, falando com Ester.
            – Que Ester?
            – A filha…
            Encarei-a demoradamente, certo que a louca era ela, não Júlia.
            Como se compreendesse o meu pensamento, ela insistiu:
            – Lá está. Se queres convencer-te, vem até a escada. Poderás ouvi-la.
            Fui. Como sabes, tenho dois aparelhos: um no “hall”, outro, em extensão, no meu escritório.
            Ficamos os dois, minha mulher e eu, junto à balaustrada do primeiro andar.
            Júlia falava baixo, no escuro.
            Por mais esforço que fizéssemos, não conseguíamos ouvir uma palavra. Era um sussurro meigo, cortado de risinhos. O que me pareceu (por que não dizê-lo?) foi que a conversa era de amor.
             Tive ímpetos de violar o segredo de minha filha, mas o escrúpulo do meu cavalheirismo conteve-me.
            – Por que dizes que ela fala com Ester? perguntei à minha mulher.
            – Por quê? Porque ela mesmo me confessou e não imaginas com que alegria!
            Fiquei estatelado, sem compreender o que ouvia. De repente, numa decisão, entrei no escritório, desmontei lentamente o fone do aparelho, apliquei-o ao ouvido e ouvi.
            Ouvi, meu amigo. Ouvi minha neta. Reconheci-lhe a voz, a doce voz, que era a música da minha casa… Mas não foi a voz que me impressionou, que me fez sorrir e chorar, senão o que ela dizia.
            Ainda que eu duvidasse, com toda a minha incredulidade, havia de convencer-me, tais eram as referências, as alusões que a pequenina voz do Além fazia a fatos, incidentes da vida que conosco vivera o corpo do qual ela fora o som…
            Mistificação? E que mistificador seria esse que conhecia episódios ignorados de nós mesmos, passados na mais estreita intimidade entre mãe e filha? Não! Era ela, a minha neta, ou antes, a sua alma visitadora que se comunicava daquele modo com o coração materno, levantando-o da dor em que jazia para consolação suprema.
            Ouvi toda a conversa e compreendi que nos estamos aproximando da grande era; que os tempos se atraem – o finito defronta o infinito, e das fronteiras que os separam, as almas já se comunicam. E eis como me converti, eis porque te disse que a minha estrada de Damasco foi o escritório onde, se não fui deslumbrado pelo fogo celestial, ouvi a voz do céu, a voz do Além, da outra Vida, do mundo da Perfeição…
            – Ouviste-a ao telefone… E por que não a ouves no ar, como a ouviu… São Paulo, por exemplo?
            – Por quê? Porque o espírito precisa de um meio em que se demonstre. Para viver conosco, encarna-se. O próprio Espírito de Jesus encarnou-se. O lume precisa de um combustível para arder e o lume é luz, eternidade: o som precisa de um órgão para vibrar. Todo o imaterial carece de um veículo para agir.
            – Uma pergunta, apenas: – Como consegue Dona Júlia pôr-se em comunicação com o espírito da filha? Não me consta que a “Companhia Telefônica” tenha ligação com o Além.
            – Respondo-te. Quando Júlia – disse-me ela própria – deseja comunicar-se com a filha, invoca-a, chama-a com o coração, ou melhor: com o amor, e ouve-lhe imediatamente a voz. Falam-se, entretêm-se, continuam a vida espiritual. A que está lá em cima é feliz na bem-aventurança, e a que ficou na orfandade já não sofre, como dantes sofria, porque o que era esperança tornou-se certeza…
            – Certeza de quê?
            – De uma vida melhor e maior, de vida puramente espiritual, como a claridade, vida sem dores, sem os tormentos próprios da carne, que não é mais do que um cadinho em que nos depuramos em sofrimento para alcançarmos a Perfeição.”
            FONTE: Revista Espírita Allan Kardec, ano XII, nº 44 
            (Jornal Mundo Espírita de Março de 2001)”

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