Fazer Penitência
13,1 Neste mesmo tempo, contavam alguns o que
tinha acontecido a certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com seus
sacrifícios.
13,2
Jesus toma a palavra e pergunta: "-Pensai vós que estes galileus foram
maiores pecadores do que todos os outros galileus, por terem sido tratados
desse modo?
13,3
Não, digo-vos; mas, se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo
modo.
13,4 ou
cuidais que aqueles dezoito homens, sobre os quais caiu a Torre de Siloé e os
matou, foram mais culpados do que todos os demais habitantes de Jerusalém?
13,5 Não, digo-vos. Mas, se não vos
arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo.”
“A penitência, que Jesus aconselhou, não consiste,
como se entendeu outrora, na reclusão em claustros, nos cilícios e outras
tribulações materiais, quais as a que se submeteu uma Teresa de Jesus, aliás
com o desprezo altamente meritório das glórias e grandezas do mundo. A
penitência a que aludia o divino Mestre é a que constitui meio de tornarmos
cada vez menos ásperas, dificultosas e tormentosas as nossas existências na
Terra e de passarmos, afinal, a habitar mundos mais elevados, até chegarmos à
condição de já não tornar a cometer as faltas que a arrastaram à mísera
condição humana e, ainda, no esforço decidido pelas apagar de todo, a fim de
que a lembrança delas não continue a acicatar a consciência. Assim entendida, a
penitência dá lugar ao perdão divino.”
“Temos assim que, à
falta, se sobrevem o arrependimento, se segue o
perdão e, a este, o resgate, depois a
provação, que representa a contraprova da firmeza dos propósitos de
regeneração, e, finalmente, a reparação, que testifica a
conversão definitiva ao bem, através de tantas encarnações sucessivas, quantas
forem necessárias.”
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