Da responsabilidade
dos espíritas
por Demetri Abrão
Nami
Reformador
(FEB) Novembro 1951
A imprensa espírita vem publicando, com frequência, notícias
auspiciosas para o Espiritismo, ou sejam, a criação de Escolas Evangélicas nos
Centros e Mocidades Espíritas.
Vem sendo maior, ultimamente, o interesse dos espíritas pelo
Evangelho, fato que nos leva a arrazoar o conceito do iluminado Espírito de Humberto
de Campos, quando dissera que o Brasil é Pátria do Evangelho, Coração do Mundo.
Não há dúvida de que para aqui foi transplantada a árvore do
Cristianismo, pois, sem favor, é no Brasil que se pratica e se estuda mais o
Evangelho na sua primitiva pureza.
É deste recanto do Globo, assinalado pelo Cruzeiro do Sul, que se
irradiarão as luzes benditas do vero Cristianismo, que norteará a Humanidade
para mais felizes destinos.
Os espíritas, capacitados desta feliz circunstância, através das
repetidas revelações do Alto, vêm-se empenhando ativamente na difusão e prática
evangélicas, buscando, cada qual, dar o que pode neste sentido.
Espíritas ricos ou pobres, cultos ou iletrados, todos podem fazer
alguma coisa neste terreno, quer através da pena ou da tribuna, quer através
dos exemplos ou das obras.
Por isso, é com a maior alegria que aplaudimos as atividades dos
nossos companheiros de crença espírita no setor evangélico.
Os aspectos científico e filosófico eram o que mais interesse
despertavam, em prejuízo do aspecto religioso. Agora, felizmente, todos eles vêm
merecendo igual atenção.
Os espíritas compreendem, perfeitamente, que a força de uma
doutrina está nos benefícios morais que oferece a todos os que nela se abeberam.
Pois bem, não sabemos de nenhuma outra que ultrapasse ao doutrina espírita.
Cabe, portanto, aos espíritas a responsabilidade, perante o Alto,
de viverem o mais possível os seus ensinamentos, como detentores que são das
verdades eternas. Com os seus bons exemplos e o devotamento sincero à doutrina esposada,
contribuirão poderosamente para a moralização dos costumes. Proporcionarão, ainda,
abrigo aos abandonados, resignação aos enfermos, esperança aos desesperados,
vigor aos desanimados,
implantando, desta forma, o Reino de Deus na Terra.
É grande a tarefa do Espiritismo.
E os espíritas sabem que ele é, de fato, o Consolador prometido
pelo Nazareno, fadado a estabelecer, na Terra, o Reino do Criador.
Compete-nos cooperar nessa divina realização, através da nossa
perseverança no bem e dos nossos ensinamentos e obras edificantes.
Ferremo-nos de tudo quanto possa obstar o nosso trabalho na Seara
do Mestre; estejamos sempre a postos ao toque do Alto, envidando o que de
melhor possuímos para a concretização do ideal do Cristo.
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