Dos Alfarrábios ‘2’ (parte)
Luciano dos Anjos
Reformador (FEB)
Fevereiro de 1972
1. A cruz em que Jesus foi pregado não era uma
cruz: era um "T", Ele não a carregou inteiriça (pesaria cerca de 150
quilos!), mas apenas a trave transversal (o patibulum);
o tronco vertical (o stipes crucis) já
estava fincado no Calvário.
2.
“Quando
alguém (e resta muito pouca gente que ainda pensa assim) me diz que
o
Espiritismo não é uma religião, logo me lembro da palavra de Kardec no discurso
de abertura da Sessão Comemorativa dos Mortos na, na Sociedade de Paris, em 1º
de novembro de 1868, publicado na "Revue Spirite" de dezembro do
mesmo ano, sob o título “O Espiritismo é uma Religião? Disse Kardec:
“Se
assim é, perguntarão, então o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida,
senhores. No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos
glorificamos por isto, porque é a doutrina que funda os elos da fraternidade e
da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais
sólidas: as mesmas leis da natureza.”
Os que quiserem maiores esclarecimentos
muito lucrarão lendo "A Religião", de Carlos Imbassahy.”
Dos Alfarrábios ‘2’ (parte)
Luciano dos Anjos
Reformador (FEB)
Fevereiro de 1972
3. Constante do livreto "A Prece",
de AlIan Kardec, editado pela FEB, existe ao final a conhecidíssima
Prece de Cáritas. Em nota de rodapé, o leitor encontrará também importante
advertência: o Espiritismo prefere as preces simples, espontâneas, sem as peias
da decoração e do automatismo. Contudo, impossível negar a singeleza da Prece
de Cáritas. Por
isso mesmo, embora a ressalva, foi incluída naquele livreto. Mas, como talvez
muita gente ignore, aqui vai um histórico daquela prece. Ela se encontra na
obra francesa "Rayonnements de Ia Via Spirituelle". Foi psicografada.
Recebeu-a a médium Mme. W. Krell, no dia 25 de dezembro de 1873. Mme. Krell
parece ter sido uma excelente medianeira, devendo-se lhe trabalhos de Musset,
Lamartine, Saint Beuve, Chênier, Balzac, Fénelon, Rossini. Delphin de Girardin
e... Carita, que por sinal deu outras comunicações também.
Há, no original francês, detalhe
muito curioso. É que no quarto parágrafo existe
uma
palavra que foi poeticamente omitida; “aujourdhui” (hoje). Explica-se o fato.
Como já disse, ela foi ditada no dia 25 de dezembro de 1873, isto é, no dia do
Natal. Havia, portanto, uma alusão direta àquela data. Há, no original francês, detalhe muito curioso.
É que no quarto parágrafo existe uma palavra que foi posteriormente omitida; ‘aujourd’hui’
(hoje). Explica-se o fato. Como já disse, ela foi ditada no dia 25 de dezembro
de 1873, isto é, no dia do Natal, Havia, portanto, uma alusão direta àquela
data. Mas, perpetuando-se pelo tempo e repetida em muitas outras épocas, aquele
‘aujourhui’ perdeu sua razão de ser.
Diz o original: "Pieté, mon Dieu,
pour celui qui ne vous connait pas, espoir pour celui qui souffre! Que votre
bonté permette aujourd’hui aux esprits consolateurs de répandre partout le
paix, l‘espèrance et la foi!”
A versão portuguesa: "Piedade,
Senhor, para aqueles que vos não conhecem, esperança para aqueles que sofrem!
Que a vossa bondade permita aos Espíritos consoladores espalharem por toda a
parte a paz, a esperança e a fé!”
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