A Figueira Seca / Orar com fé
21,18 De manhã, voltando a cidade, teve fome. 21,19 Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se
dela, mas , só achou nela folhas e disse-lhe: “Jamais nasça um fruto de ti!”
21,20 Imediatamente, a figueira secou. À vista disso, os discípulos ficaram
estupefatos e disseram: Como ficou seca
num instante a
figueira? 21,21 Respondeu-lhes Jesus: “ -Em verdade vos
declaro que se tiverdes fé, e não
hesitardes, não só fareis o que foi feito a esta figueira mas ainda se
disserdes a esta montanha: Levanta-te daí e atira-te ao mar, isso se fará.” 21,22 Tudo o que pedirdes com fé na coração, vós o
alcançareis.
Para Mt(21,18-22),
-A Figueira Seca -leiamos a Kardec no Cap.XIX de
“O Evangelho...”:
“A figueira seca é o símbolo das pessoas que não têm senão as aparências
do bem, mas em realidade não produzem nada de bom; oradores que têm mais
brilho do que solidez; suas palavras têm o verniz de superfície; agradam os
ouvidos, mas quando se as perscruta, nelas não se encontra nada de substancial
para o coração; depois de tê-las ouvido, pergunta-se qual proveito disso se
tirou.
É ainda o emblema de todas as
pessoas que têm os meios de serem úteis e não o são; de todas as utopias, de
todos os sistemas vazios, de todas as doutrinas sem base sólida.
O que falta, na maioria das vezes, é
a verdadeira fé, a fé fecunda, a fé que comove as fibras do coração, numa
palavra, a fé que transporta montanhas.
São as árvores que têm folhas, mas
não têm frutos; por isso Jesus as condena à esterilidade, porque um dia virá em
que estarão secas até à raiz; quer dizer que todos os sistemas, todas as doutrinas
que não tiverem produzido nenhum bem à Humanidade, cairão no nada; que todos os
homens voluntariamente inúteis, por falta de terem colocado em prática os
recursos que tinham, serão tratados como a figueira seca.”
Para Mt (21,22), -Orar com fé
- busquemos
“Pão Nosso”, de Emmanuel por Chico Xavier: “A sincera atitude da alma na prece
não obedece aos movimentos mecânicos vulgares. Nas operações da luta comum, a
criatura atende, invariavelmente, aos automatismos da experiência material que
se modifica de maneira imperceptível, nos círculos do tempo; todavia, quando se
volta a alma aos santuários divinos do plano superior, através da oração,
põe-se a consciência em contato com o sentido eterno e criador da vida
infinita.
Examine cada aprendiz as sensações
que experimenta em se colocando na posição de rogativa ao Alto, compreendendo
que se lhe faz indispensável a manutenção da paz interna perante as criaturas e
quadros circunstanciais do caminho.
A mente que ora, permanece em
movimentação na esfera invisível.
As inteligências encarnadas, ainda
mesmo quando se não conheçam entre si, na pauta das convenções materiais,
comunicam-se através dos tênues fios do desejo manifestado na oração. Em tais
instantes, que devemos consagrar exclusivamente à zona mais alta de nossa
individualidade, expedimos mensagens, apelos, intenções, projetos e ansiedades
que procuram objetivo adequado.
É
digno de lástima todo aquele que se utiliza da oportunidade para dilatar a
corrente do mal, consciente ou inconscientemente.
É por este motivo que Jesus, compreendendo a
carência de homens e mulheres isentos de culpa, lançou este expressivo programa
de amor, a benefício de cada discípulo do Evangelho -“E, quando estiverdes orando, perdoai...”
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