(Parábola)
11,13 Disse-lhe então alguém do meio do povo:
-Mestre, diz a meu irmão que reparta comigo a herança! 11,14 Jesus
respondeu-lhe: “ -Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?” 11,15
E disse, então, ao povo: “ -Guardai-vos escrupulosamente de toda a
avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas.” 11,16 E,
propôs-lhes esta parábola: “-Havia um homem rico cujos campos produziam muito.
11,17 E ele refletia consigo: -Que
farei? Não tenho onde recolher a minha colheita! 11,18 Disse ele então: - Farei o seguinte:
Derrubarei os meus celeiros e construirei
maiores; neles recolherei toda a minha colheita e os meus bens
11,19 e direi à minha alma: -Ó minha
alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos; descansa, come, bebe
e regala-te. 11,20 Deus, porém, lhe
disse: “ -Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a alma. E, as coisas que
ajuntaste, de quem serão?” 11,21 Assim acontece ao homem que entesoura
para si mesmo e não é rico para Deus!”
Para
Lc (11,13) -Se vós, sendo maus, sabeis dar boas
coisas... reproduzimos o trecho que se segue, extraído
de “Pão Nosso”, de Emmanuel por Chico Xavier:
“Um pai terrestre, não obstante o carinho
cego com que muitas vezes envolve o coração, sempre sabe cercar o filho de
dádivas proveitosas. Por que motivo o Pai Celestial, cheio de sabedoria e amor,
permaneceria surdo e imóvel perante as nossas súplicas?
O devotamento paternal do Supremo
Senhor nos rodeia em toda parte. Importa, contudo, não viciarmos o
entendimento. Lembremo-nos de que a Providência Divina opera invariavelmente
para o bem infinito.
Liberta a atmosfera asfixiante com
os recursos da tempestade.
Defende a flor com os espinhos.
Protege a plantação útil com adubos
desagradáveis.
Sustenta a verdura dos vales com a
dureza das rochas.
Assim também, nos círculos de lutas
planetárias, acontecimentos que nos pareçam desastrosos, à atividade
particular, representam escoras ao nosso equilíbrio e ao nosso êxito, enquanto
que fenômenos interpretados como calamidades na ordem coletiva constituem
enormes benefícios públicos.
Roga,
pois, ao Senhor a bênção da Luz Divina para o teu coração e para a tua
inteligência, a fim de que para o teu coração e para a tua inteligência, afim
de que te não percas no labirinto dos problemas; contudo, não te esqueças de
que, na maioria das ocasiões, o socorro inicial do Céu nos vem ao caminho
comum, através de angústias e desenganos.
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