sábado, 14 de novembro de 2015

O Homem Rico


(Parábola)

         11,13  Disse-lhe então alguém do meio do povo: -Mestre, diz a meu irmão que reparta comigo a herança! 11,14 Jesus respondeu-lhe: “ -Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?”  11,15   E disse, então, ao povo: “ -Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância,  não depende de suas riquezas.” 11,16  E, propôs-lhes esta parábola: “-Havia um homem rico cujos campos produziam muito. 11,17  E ele refletia consigo: -Que farei? Não tenho onde recolher a minha colheita! 11,18  Disse ele então: - Farei o seguinte: Derrubarei os meus celeiros e construirei  maiores; neles recolherei toda a minha colheita e os meus bens 11,19  e direi à minha alma: -Ó minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos; descansa, come, bebe e regala-te. 11,20  Deus, porém, lhe disse: “ -Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a alma. E, as coisas que ajuntaste, de quem serão?”  11,21 Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus!”

          Para Lc (11,13) -Se vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas...  reproduzimos o trecho que se segue, extraído de “Pão Nosso”, de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Um pai terrestre, não obstante o carinho cego com que muitas vezes envolve o coração, sempre sabe cercar o filho de dádivas proveitosas. Por que motivo o Pai Celestial, cheio de sabedoria e amor, permaneceria surdo e imóvel perante as nossas súplicas?

            O devotamento paternal do Supremo Senhor nos rodeia em toda parte. Importa, contudo, não viciarmos o entendimento. Lembremo-nos de que a Providência Divina opera invariavelmente para o bem infinito.

            Liberta a atmosfera asfixiante com os recursos da tempestade.

            Defende a flor com os espinhos.

            Protege a plantação útil com adubos desagradáveis.

            Sustenta a verdura dos vales com a dureza das rochas.

            Assim também, nos círculos de lutas planetárias, acontecimentos que nos pareçam desastrosos, à atividade particular, representam escoras ao nosso equilíbrio e ao nosso êxito, enquanto que fenômenos interpretados como calamidades na ordem coletiva constituem enormes benefícios públicos.

            Roga, pois, ao Senhor a bênção da Luz Divina para o teu coração e para a tua inteligência, a fim de que para o teu coração e para a tua inteligência, afim de que te não percas no labirinto dos problemas; contudo, não te esqueças de que, na maioria das ocasiões, o socorro inicial do Céu nos vem ao caminho comum, através de angústias e desenganos.

            Aguarda, porém, confiante, a passagem dos dias. O tempo é o nosso explicador silencioso e te revelará ao coração a bondade infinita do Pai que nos restaura a saúde da alma, por intermédio do espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento.”

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