"Porque melhor
é que padeçais fazendo bem ..." (Pedro - I Pedro, 3:17)
Quando a prova chegue para testar-te
a serenidade e a fé, recorda aqueles que atravessam dificuldades maiores que as
tuas, mantendo confiança na vida e calma no sofrimento, ainda quando penúria e
morte, calúnia e abandono lhes visitam o coração e a casa.
Observa que a inconformidade e o
azedume nunca se converteram em vantagem para ninguém.
Se o desânimo te acena, ainda mesmo
de longe, afasta-te dele, porque o desânimo nada mais consegue fazer que
paralisar-te as mãos e enregelar-te os sentimentos.
Medita nas aflições que explodirão
por tua causa naqueles que te cercam, se te entregares à irritação ou ao
desalento.
Soma as bênçãos que já recebeste da
Providência Divina, a fim de que não venhas a cair no delito da ingratidão.
Reconheçamos que o socorro
espiritual é sempre mais difícil onde haja tumulto.
Anotemos que, em sanidade de
espírito, somos compelidos a reconhecer que a violência nunca favorecerá a
chegada do apoio de que estejamos necessitados.
Se obstáculos aparecem, lembremo-nos
de que o trabalho no bem de todos é o processo de mais facilmente extingui-los.
Compreendamos que unicamente
cooperando na paz dos outros é que o concurso da paz virá ao nosso encontro.
Quando a prova nos alcance o círculo
pessoal, recorramos à oração, entendendo que a oração nem sempre alterará os
acontecimentos, em torno de nós, mas sempre nos renovará por dentro,
iluminando-nos o coração, a fim de que saibamos trilhar o caminho seguro do
nosso próprio aperfeiçoamento para a sublimação, ante as Leis de Deus.
Quando a prova chegue
Emmanuel por Chico
Xavier
Reformador (FEB) Abril 1973
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