O Amor
por Base
Antônio Túlio / (Ismael
Gomes Braga)
Reformador (FEB) Agosto 1962
Num livro publicado há 87 anos (+38 anos = 2015) - "La Genêse
de l'Humanité" -, Louis Jacolliot denunciava o racismo
materialista alemão de seu tempo, profeticamente prevendo os males daquela
pseudociência para a França e a Humanidade.
Mais de 60 anos depois do
aparecimento do excelente livro, o racismo alemão atingiu o seu auge na guerra
de 1939 - 45 e foi mais violento e cruel do que poderia imaginar o mais
diabólico espírito em 1875, quando foi publicado o livro. No entanto, aquelas
monstruosidades puseram a Humanidade em estado de alerta contra o racismo e nos
ensinaram a combatê-lo com todas as armas, como o maior inimigo da Humanidade.
Para destruí-lo, reuniram-se as forças mais heterogêneas do mundo, como a União
Soviética e o Império Britânico, numa união maravilhosa de força, e o amor
venceu o ódio, esmagando o racismo.
Em seu livro, transcrevendo páginas
e páginas da antiga literatura religiosa da Índia, escrita há mais de dez mil
anos, Louis Jacolliot demonstra que o berço da Humanidade foi a Índia. De lá se
espalharam pelo mundo os homens, formando as populações menos antigas do Oriente
Próximo e da Europa. De lá vieram as diversas mitologias e religiões antigas,
como o Judaísmo e o Politeísmo, as mitologias grega, romana, escandinava, e até
os conhecimentos modernos, como a evolução das espécies, de Darwin, eram
conhecidos pelos iniciados hindus dez mil anos antes de serem descobertos no
Ocidente, onde estavam apenas esquecidos.
Todos os costumes, bons e maus, do
Ocidente, como o amor ao próximo, ou a escravidão, a Religião organizada em
clerocracia, as classes sociais, etc. vieram da Índia em velhas migrações de
povos.
A gênese da Humanidade foi a Índia.
Escusado dizer, por ser muito
sabido, que a doutrina reencarnacionista foi espalhada na Grécia, no Egito, em
Roma, pelos antigos hindus.
Tudo que o Espiritismo vem redescobrindo
hoje no Ocidente já era conhecido há dez mil anos pelos iniciados hindus. Em
outros livros o mesmo Jacolliot já o
demonstrou quanto à Bíblia e o Espiritismo. Mas tudo isso estava esquecido e
tinha que ser relembrado. Era ciência oculta e tinha que tornar-se conhecimento
geral de todo o povo, como vai ocorrendo hoje no Brasil.
Mas há um ponto falho no livro desse
sábio a quem tanto devemos. Os seus mestres hindus não lhe confiaram, como não
confiam a ninguém profano, a parte realmente secreta de suas doutrinas. Ele se
queixa disso como também Annie Besant
se queixa. Ambos viveram longos anos na índia, tiveram mestres excelentes, mas
nenhum desses mestres lhes
revelou a parte secreta de suas doutrinas.
Nessa parte secreta fica o mistério
impenetrável da fonte de seus conhecimentos. De onde colheram aqueles ricos
conhecimentos que a ciência profana só a pouco e pouco vem penosamente
descobrindo?
Porque são guardados com tanta
severidade esses segredos?
Em parte podemos adivinhar a razão
justa dos segredos, porque os grandes conhecimentos, em mãos de homens sem a
moral suficiente, seriam a ruína da raça humana. Vemos hoje o que representa de
perigo a descoberta da desagregação atômica, já empregada
em Hiroshima e Nagasaki, e agora aplicada em experiências cada dia mais
perigosas, para causar pavor nos povos e impor sistemas políticos pela
violência, ou seja para dominar o mundo pelo terror.
De onde, repetimos, colheram os
antigos sábios hindus toda a ciência que está demonstrado possuírem há mais de
dez mil anos?
Parece que toda ela lhes foi
revelada por altas esferas espirituais, a fim de orientarem a conduta humana no
Planeta, dosando os conhecimentos que em cada época podem ser úteis e evitando
o perigo de se apossarem os homens de forças que eles ainda não sabem empregar
para o bem.
Nossos Guias Espirituais sempre se
negam a nos fazer revelações em desacordo com os nossos interesses e ora dizem
que não sabem, ora que não lhes é permitido dizer; que sua missão é apenas de
nos ensinar a conduta a seguir. Eles obedecem a instruções superiores. Nos
países em que os homens quiseram fazer do Espiritismo apenas fonte de
conhecimentos científicos, divorciados dos deveres morais decorrentes de sua
revelação, o movimento se enfraqueceu com o tempo, reduziu-se a pequenas rodas
de experimentadores que se foram dividindo e subdividindo até desaparecerem de
todo. A
base tem que ser o amor incondicional a todos os seres, como ensinaram os
velhos mestres hindus.
No livro já consagrado, "Memórias de um Suicida", pela
médium Yvonne A. Pereira, Camilo nos
fala desses dirigentes hindus como instrutores, preparando candidatos à
reencarnação. Muitos deles, tanto desencarnados como reencarnados em corpos ocidentais
ou orientais, continuam ajudando a evolução da Humanidade terrestre com sua
caridade e sua ciência.
No Brasil sente-se lhes a presença
na facilidade com que é aceito o ensino da reencarnação, contrário à formação
católica romana tradicional do nosso povo.
O povo simples do Brasil é amoroso,
anti racista, apto a aceitar em nova forma mais clara a antiga filosofia hindu,
e compreende que o amor é a base de todo o progresso.
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