terça-feira, 27 de janeiro de 2015

2-3 Vigilância Evangélica

Vigilância Evangélica - 2
por Indalício Mendes
Reformador (FEB) Dezembro 1955

           
            De que precisamos? De disciplina evangélica, exercida ininterruptamente, quer nos pensamentos e nos atos, quer na palavra falada e escrita. É muito fácil aparentar sabedoria e dizer ou escrever coisas belas e edificantes. O difícil, porque é o que realmente vale, é exemplificar e só a exemplificação pode conferir-nos a condição de espírita. Muitas vezes julgamos estar firmando os passos no terreno e logo este foge sob nossos pés, porquanto
nos deixamos escorregar na invigilância. Orar e vigiar não é uma frase banal, mas uma regra de conduta, uma advertência importante, nem sempre bem interpretada. Se tivermos o mérito da tenacidade em busca do aperfeiçoamento moral e espiritual, nosso esforço não terá sido em vão. Temos de vigiar, constantemente, apoiando-nos na serenidade e na fé. Desesperar seria pior ainda que a fraqueza de propósitos que estivermos revelando no transcurso da jornada. A disciplina evangélica concede ao Espírito os recursos de que ele carece para se manter no rumo certo. A vigilância, portanto, é um aspecto dessa disciplina, tão útil ao fortalecimento moral. Muitas vezes, supomos andar com segurança e ao primeiro ensejo nos apercebemos trilhando atalhos que desejaríamos evitar! Entretanto, abençoamos os irmãos que compreendem o nosso desvio e nos advertem da mudança de rumo. Isto constitui também uma forma de caridade, de caridade muito fraterna, porque interessa intimamente ao nosso futuro espiritual. 

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