Divino
Amparo
Emmanuel
por Chico Xavier
Reformador
(FEB) Janeiro 1962
Se
acreditas que o hálito das entidades angélicas bafeja exclusivamente os
cultivadores da virtude, medita na Providência Divina que honra o Sol, na
grandeza do Espaço, mas induzindo-o a sustentar os seres que ainda jazem
colados à crosta do Planeta, inclusive os últimos vermes que rastejam no chão.
Contempla
os quadros que te circundam, em todas as direções, e reconhecerás o Amor
Infinito buscando suprimir, em silêncio, as situações deprimentes da Natureza.
Cachoeiras
cobrem abismos.
Fontes
alimentam a terra seca.
Astros
clareiam o céu noturno.
Flores
valorizam espinheirais.
*
No
campo de pensamento em que estagias, surpreenderás esse mesmo Infinito Amor, procurando
extinguir as condições inferiores da Humanidade,
Pais
transfigurados em gênios de ternura.
Professores
desfazendo as sombras da ignorância.
Médicos
a sanarem doenças.
Almas
generosas socorrendo a necessidade.
Não
estranhes, assim, a atitude dos Espíritos benevolentes que estendem as mãos,
através da mediunidade, a companheiros do mundo que te pareçam indignos.
Recorda
os lírios que desabrocham no estrume, as mães que se escravizam, por sublime
renúncia, ao pé de filhos ingratos, e, ainda mesmo diante do irmão
reconhecidamente criminoso ou viciado que te fale de esperanças e consolações
recebidas do Alto, aprende a respeitar, junto dele, a manifestação da Esfera
Superior que o solicita à renovação para o bem, tanto quanto já sabes rejubilar-te
perante a luz que dissipa as trevas, E se alguém dogmatiza, a cerca de supostos
privilégios na Criação, não olvides que o Criador é Bondade e Justiça para
todas as criaturas, refletindo no Cristo que asseverou claramente não ter vindo
à Terra para curar os sãos.
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