Do Blog: Da edição de 1936, retiramos e postamos aqui
o que foi denominado ‘Apresentação da 2ª Edição’.
4a
‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)
Propriedade exclusiva da
União Espírita Suburbana
Travessa Hermengarda, 13-15 Meyer – Rio de Janeiro
Oficina Gráfica Renato
Americano
Rua
Alzira Brandão, 39
Fone
28-7343 - Rio 1936
Apresentação
da 2ª Edição
Sendo dada agora à estampa a segunda edição da REVELAÇÃO
DOS PAPAS, quis a bondade do Dr. Henrique Andrade, presidente da "União
Espirita Suburbana", associação que tem a propriedade da obra, que eu
escrevesse algumas palavras de apresentação para ela. Sabia, entretanto, ele que
não era eu o mais qualificado para isso, que haviam outros espiritistas mais
conhecidos, mais habilitados, mais autorizados em fim, que podiam dar maior
realce à apresentação e dizer melhor da obra.
Uma das razões, talvez, porque fui convidado para
fazer esta apresentação, é por já ter afirmado minha grande admiração por ela,
a ponto de a ter como um dos livros culminantes da literatura do Além, considerando-a como um dos
trabalhos de mais significação que temos tido. A REVELAÇÃO DOS PAPAS é
incontestavelmente o livro de mensagens transcendentais mais considerável que
possuímos.
Não é preciso dizer aqui o que é a obra, depois da
"Explicação do Médium". Sabe-se que ela se compõe de narrativas que
fizeram grande número de papas, de seus erros passados e de edificantes comunicações feitas por Espíritos nimiamente
iluminados. Pode-se dizer que a obra aparece como uma nova luz, neste sentido
de que foi uma luz mais forte; mais intensa, que foi dada a lodos, para indicar
mais uma vez o caminho que leva ao bem, à salvação.
Na REVELACAO DOS PAPAS está consubstanciado todo o
ensino moral de Jesus. Dela pode se tirar esse ensino na sua maior pureza. Cada
Espírito que se comunica apresenta desse ensino uma parte, um fragmento, de maneira que na
obra toda encontra-se esse ensino completo. Quando digo ensino completo falo do
ensino em que estão contidos os princípios do Espiritismo. Ele constitui
dest'arte o que se pode chamar verdadeiramente o Evangelho de Jesus. Pois, não
é possível falar do Evangelho de Jesus sem pensar no Espiritismo. Não é somente
porque Jesus dirige o movimento espírita que se pode dizer isso, é porque seu
ensino está impregnado de Espiritismo. É porque ele o explicou, pelo menos em
parte, não a todos, mas a seus discípulos. Se as ideias primordiais do
Espiritismo aparecem hoje como uma verdade pura, é porque sempre existiram, é
porque são uma verdade eterna. Já existiam portanto quando Jesus veio à Terra e
nesse caso ele não podia deixar de prega-las, mormente porque elas deviam fazer
parte integrante de sua moral. Os discípulos de Jesus não o viram somente
expulsar os maus Espíritos ou chamar os Espíritos ao corpo, quando em letargia
erravam fora dele. Segundo disse bem um Espirito, Jesus lhes explicou a existência
da alma e a imortalidade, lhes falou das faculdades que possui quando não se
acha mais no corpo, ensinando-lhes ao mesmo tempo o princípio da encarnação, a
evocação e as relações que existem entre os Espíritos desencarnados e
encarnados. Demais eles tinham visto junto a ele Moisés e Elias. Se nos
escritos evangélicos não se vêm esses fatos relatados claramente é porque neles
não está exposto todo o ensino de Jesus, ou está desfigurado. Em todo o caso
existem os vestígios. Não se pode portanto falar hoje no Evangelho de Jesus,
sem se refletir que ele constitui o sincretismo desses dois elementos: a moral crística
e o ideal espírita. Ora é essa combinação de ideais que se vê na REVELAÇÃO DOS
PAPAS. Eis o que lhe dá um valor excepcional.
É possível haver alguém que possa negar a importância
dessas 121 mensagens, que formam a obra? (Do Blog: A edição de 1918 apresenta 42 mensagens, apenas. Colocaremos
as mensagens adicionais da edição de 1936 ao final da postagem da edição de
1918) Por outro lado pode-se
garantir que, dadas as condições em que a obra foi recebida, descritas na
"Explicação", ela não pode deixar de ser autêntica. Não podia haver
nem mistificação, nem auto psicografia. “Não há em tudo isso que ides ler,
disse o Espírito de Agostinho (S.) nenhuma mistificação, porque Deus não
consentiria que, em seu nome, fossem ditas e escritas por um mistificador, as
palavras que tendes sob os olhos". É preciso atender também que estava
acima de tudo a integridade moral do médium. Isaltino Barbosa foi um médium
perfeitamente apto para receber psicografada a obra, pela sua simplicidade, pela
modéstia, pela sisudez, pela sua vida moralizada enfim.
É essa obra, que já marcou com a primeira edição,
uma data na história da nossa literatura espirita, que sai hoje a lume em
segunda edição revista e melhorada.
Outubro, 1936.
Chrysanto de Brito
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