domingo, 2 de junho de 2013

3d. 'Revelação dos Papas'



3d
‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)


Do Livro ‘Emissários da Luz e da Verdade’
Psicografias de Izaltino Barboza
(nome verdadeiro do médium que se assinou Abrahão Luz)
1ª Edição 1959
Editora Divino Mestre - Rio de Janeiro RJ


          Por conseguinte, não há dúvida: - os "tempos são chegados", a fim de que a humanidade deste planeta seja ajustada aos ditames da Lei Divina, pois a maioria dos homens, embora se deslumbre com a maravilha de um céu estrelado, ainda não acendeu uma vela de fé e amor no altar do próprio coração!

          Se as dores agudas que se aproximam estão elevadas à contingência de um fatalismo, é porque se trata de uma "operação cirúrgica" que é necessário fazer na alma da Humanidade, a fim de que ela, depois, ressuscitada, seja capaz de fundar na Terra uma constituição cimentada no amor e na fraternidade estabelecida pelo maior sociólogo de todos os tempos, cuja lei tem como fundamento amar o próximo como a si mesmo.

          Como prenúncio da era regeneradora, já se ouvem nas altas regiões estreladas as harmonias, os cânticos celestiais dos anjos do Senhor, anunciando que a periferia da Terra já está sendo bombardeada por formidáveis jatos de luz esterilizante, cuja função é afugentar os espíritos das trevas que a circundam, fazendo com que eles sejam afastados e atraídos para outros mundos cujo ambiente psico-magnético vibra em consonância com o teor moral, deprimente, dessas almas rebeldes, portadoras de sentimentos primários ou selvagens. E como arautos da campanha a ser iniciada para reforma do nosso mundo, também já se aprestam no Alto, os emissários de Jesus que, como batedores, se reencarnarão de novo, em nosso meio, a fim de acelerarem o movimento que vai operar-se. E entre esses "escolhidos" de Jesus, virão quase todos os espíritos que assinam as mensagens desta obra, pois eles assim o declaram.

          Portanto, não desesperemos em extremo. Antes, ao contrário, rendamos louvores a Deus e a Jesus, pois conforme anunciam as profecias milenárias e é também afirmado por todos os espíritos que assinam as mensagens contidas nesta obra, após a noite tenebrosa do "juízo final" surgirá a aurora radiante de um novo dia. Depois que o nevoeiro de trevas que envolve o nosso planeta seja dissolvido, surgirá a luz de um novo sol cujas refulgências de amor, paz e fraternidade crísticas farão com que a Terra se integre na esfera sideral dos mundos superiores, a fim de iniciar uma nova marcha destinada a fazê-la subir até às culminâncias dos orbes angélicos onde residem os espíritos eleitos do Senhor dos Mundos, almas sempre dispostas ao desempenho de tarefas sublimes de amor divino em todos os recantos do Universo!

          Exultemos, sim! Louvemos Deus e Jesus em sua glória, pois a aurora radiosa da Nova Era se abrirá, terá início no terceiro milênio. Portanto, já está próxima.

          Mas, quanto às novas concepções ou diretrizes morais e sociais da Humanidade do terceiro milênio, quais os novos rumos que ela seguirá em relação ao indivíduo, à família, à sociedade e aos povos?

          Aquela intuição viva que nos habilita a captar e qualificar o teor das ideias que estão tomando corpo e se gravando na tela do plano astral, talvez nos possibilite apreender, por antecipação, certos
aspectos do nosso mundo, nos primórdios do século XXI.

          Então, que vemos nós? que pressentimos?..

          O planeta apresenta ainda o lúgubre aspecto dos desmoronamentos que subsistem após os grandes abalos sísmicos. Tudo é caos, tudo é apavorante.

          No entanto, as consciências, os povos estão irmanados num só objetivo: - lançar, firmar os alicerces de uma nova ordem moral e social, em todos os aspectos e que beneficie todos os homens igualmente, sem privilégios ou exceções.

          O incêndio mortífero ateado pelas armas atômicas, conjugado aos horrores dos cataclismos telúricos desencadeados pela própria natureza, conseguiu, como num passe de mágica, destruir, para sempre, as barreiras divisórias que, durante milênios, separaram os homens e as nações, em ricos e pobres, em felizes e infelizes.

          As almas sentem-se iluminadas por exaltações morais e espirituais que transcendem os mais puros sentimentos da humanidade atual. Em vez dessa piedade anêmica, que nos desperta caridade porque o "infeliz" está aqui, perto de nós, é o amor vivo sentido também pelo "próximo" que está longe; é o amor de amplitude universalista, virtude excelsa, comum nas humanidades dos mundos já cristianizados.          

          Pela primeira vez, no mundo, a consciência coletiva está agitada por um anseio irreprimível de fraternidade contagiante; e tão sincera, que os possuidores de bens supérfluos correm, aflitos, em busca dos irmãos que gemem, dos que choram, a fim de socorrê-los e amá-los.

          As almas mais sensíveis sentem-se galvanizadas por aquele "egoísmo" de fazer o bem, que abrasava o coração de Francisco de Assis.

          Somente agora a consciência humana sente e compreendeu que a rogativa ao Pai, estabelecida por Jesus, - o pão nosso, de cada dia, nos dai "hoje", vale por uma condenação formal contra o egoísmo ilimitado que, antes, induzia os homens a serem escravos de uma neurose de cobiça que os levava a se empenharem, de todos os modos, por ganharem num só dia, proventos que seriam suficientes para as suas necessidades durante um século.

          Também já estão estruturados os fundamentos de uma nova Justiça; porém, muito diferente dessa justiça humana cujo símbolo tem os olhos vendados, certamente, para não poder ver os pesos falsos que jogam na sua balança, ou não se envergonhar das trapaças que fazem em seu nome, até alguns dos que se dizem seus mandatários. Justiça onzenária, em que o rico, o poderoso suborna ou aluga consciências por maior ou menor preço. Não se trata dessa justiça da sofística, da astúcia e da retórica, que subverte a Verdade, fazendo que o Direito se entorpeça, se curve até ficar torto, escamoteado no labirinto caótico desses milhões de garatujas rabiscadas nos massudos calhamaços denominados autos e processos.

          Sim: - Não é essa justiça de cinismo e de contrastes revoltantes, pois enquanto condena, sem apelo, o pária, o mísero que furta um pão para matar a sua fome, ela absolve o criminoso da elite, ou atenua a responsabilidade e livra do cárcere os políticos venais e os gatunos que, "em grande estilo", roubam milhões!

          Eis por que a presença da efígie de Jesus crucificado, que se vê na parede dos seus tribunais, somente se justifica, só tem razão de ser porque nesse patíbulo, também, muitas vezes, a Razão, a Verdade e o Direito são crucificados na cruz da iniquidade, por essas sentenças horizontais e vergonhosas, que rebaixam e aviltam o caráter, a consciência da própria Humanidade!


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