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‘Revelação dos Papas’
(Obra Mediúnica)
Do Livro ‘Emissários da Luz e da Verdade’
Psicografias de Izaltino Barboza
(nome verdadeiro do
médium que se assinou
Abrahão Luz)
1ª Edição 1959
Editora Divino
Mestre - Rio de Janeiro RJ
Por
conseguinte, não há dúvida: - os "tempos são chegados", a fim de que
a humanidade deste planeta seja ajustada aos ditames da Lei Divina, pois a
maioria dos homens, embora se deslumbre com a maravilha de um céu estrelado,
ainda não acendeu uma vela de fé e amor no altar do próprio coração!
Se
as dores agudas que se aproximam estão elevadas à contingência de um fatalismo,
é porque se trata de uma "operação cirúrgica" que é necessário fazer
na alma da Humanidade, a fim de que ela, depois, ressuscitada, seja
capaz de fundar na Terra uma constituição cimentada no amor e na fraternidade
estabelecida pelo maior sociólogo de todos os tempos, cuja lei tem como
fundamento amar o próximo como a si mesmo.
Como
prenúncio da era regeneradora, já se ouvem nas altas regiões estreladas as
harmonias, os cânticos celestiais dos anjos do Senhor, anunciando que a
periferia da Terra já está sendo bombardeada por formidáveis jatos de luz
esterilizante, cuja função é afugentar os espíritos das trevas que a circundam,
fazendo com que eles sejam afastados e atraídos para outros mundos cujo
ambiente psico-magnético vibra em consonância com o teor moral, deprimente,
dessas almas rebeldes, portadoras de sentimentos primários ou selvagens. E como
arautos da campanha a ser iniciada para reforma do nosso mundo, também já se
aprestam no Alto, os emissários de Jesus que, como batedores, se reencarnarão
de novo, em nosso meio, a fim de acelerarem o movimento que vai operar-se. E
entre esses "escolhidos" de Jesus, virão quase todos os espíritos que
assinam as mensagens desta obra, pois eles assim o declaram.
Portanto,
não desesperemos em extremo. Antes, ao contrário, rendamos louvores a Deus e a
Jesus, pois conforme anunciam as profecias milenárias e é também afirmado por
todos os espíritos que assinam as mensagens contidas
nesta obra, após a noite tenebrosa do "juízo final" surgirá a aurora
radiante de um novo dia. Depois que o nevoeiro de trevas que envolve o nosso
planeta seja dissolvido, surgirá a luz de um novo
sol cujas refulgências de amor, paz e fraternidade crísticas farão com que a
Terra se integre na esfera sideral dos mundos superiores, a fim de iniciar uma
nova marcha destinada a fazê-la subir até
às culminâncias dos orbes angélicos onde residem os espíritos eleitos do Senhor
dos Mundos, almas sempre dispostas ao desempenho de tarefas sublimes de amor
divino em todos os recantos do Universo!
Exultemos,
sim! Louvemos Deus e Jesus em sua glória, pois a aurora radiosa da Nova Era se
abrirá, terá início no terceiro milênio. Portanto, já está próxima.
Mas,
quanto às novas concepções ou diretrizes morais e sociais da Humanidade do
terceiro milênio, quais os novos rumos que ela seguirá em relação ao indivíduo,
à família, à sociedade e aos povos?
Aquela
intuição viva que nos habilita a captar e qualificar o teor das ideias que
estão tomando corpo e se gravando na tela do plano astral, talvez nos
possibilite apreender, por antecipação, certos
aspectos do nosso mundo, nos
primórdios do século XXI.
Então,
que vemos nós? que pressentimos?..
O
planeta apresenta ainda o lúgubre aspecto dos desmoronamentos que subsistem
após os grandes abalos sísmicos. Tudo é caos, tudo é apavorante.
No
entanto, as consciências, os povos estão irmanados num só objetivo: - lançar,
firmar os alicerces de uma nova ordem moral e social, em todos os aspectos e
que beneficie todos os homens igualmente, sem privilégios ou exceções.
O
incêndio mortífero ateado pelas armas atômicas, conjugado aos horrores dos
cataclismos telúricos desencadeados pela própria natureza, conseguiu, como num
passe de mágica, destruir, para sempre, as barreiras divisórias que, durante
milênios, separaram os homens e as nações, em ricos e pobres, em felizes e infelizes.
As
almas sentem-se iluminadas por exaltações morais e espirituais que transcendem
os mais puros sentimentos da humanidade atual. Em vez dessa piedade anêmica,
que nos desperta caridade porque o "infeliz" está aqui, perto de nós,
é o amor vivo sentido também pelo "próximo" que está longe; é o amor
de amplitude universalista, virtude excelsa, comum nas humanidades dos mundos
já cristianizados.
Pela
primeira vez, no mundo, a consciência coletiva está agitada por um anseio
irreprimível de fraternidade contagiante; e tão sincera, que os possuidores de
bens supérfluos correm, aflitos, em busca dos irmãos que gemem, dos que choram,
a fim de socorrê-los e amá-los.
As
almas mais sensíveis sentem-se galvanizadas por aquele "egoísmo" de fazer o bem, que abrasava o coração de
Francisco de Assis.
Somente
agora a consciência humana sente e compreendeu que a rogativa ao Pai,
estabelecida por Jesus, - o pão nosso,
de cada dia, nos dai "hoje",
vale por uma condenação formal contra o egoísmo ilimitado que, antes, induzia
os homens a serem escravos de uma neurose de cobiça que os levava a se
empenharem, de todos os modos, por ganharem num
só dia, proventos que seriam suficientes para as suas necessidades durante
um século.
Também
já estão estruturados os fundamentos de uma nova Justiça; porém, muito
diferente dessa justiça humana cujo símbolo tem os olhos vendados, certamente,
para não poder ver os pesos falsos que jogam na sua balança, ou não se
envergonhar das trapaças que fazem em seu nome, até alguns dos que se dizem
seus mandatários. Justiça onzenária, em que o rico, o poderoso suborna ou aluga
consciências por maior ou menor preço. Não se trata dessa justiça da sofística,
da astúcia e da retórica, que subverte a Verdade, fazendo que o Direito se
entorpeça, se curve até ficar torto, escamoteado no labirinto caótico desses
milhões de garatujas rabiscadas nos massudos calhamaços denominados autos e processos.
Sim:
- Não é essa justiça de cinismo e de contrastes revoltantes, pois enquanto
condena, sem apelo, o pária, o mísero que furta um pão para matar a sua fome,
ela absolve o criminoso da elite, ou atenua a responsabilidade e livra do
cárcere os políticos venais e os gatunos que, "em grande estilo",
roubam milhões!
Eis
por que a presença da efígie de Jesus crucificado, que se vê na parede dos seus
tribunais, somente se justifica, só tem razão de ser porque nesse patíbulo,
também, muitas vezes, a Razão, a Verdade e o Direito são crucificados na cruz
da iniquidade, por essas sentenças horizontais e vergonhosas, que rebaixam e
aviltam o caráter, a consciência da própria Humanidade!
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