segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

10. 'O Cristianismo do Cristo e o dos seus vigários'


10
 “O Cristianismo do Cristo
e o dos seus Vigários...
           
Autor: Padre Alta (Doutor pela Sorbonne)
Tradução de Guillon Ribeiro
1921
Ed. Federação Espírita Brasileira
Direitos cedidos pela Editores Vigot Frères, Paris



            Tal fora o desígnio de Deus, criando almas primitivas, "revestidas tão somente de um corpo fluídico, antes da existência da Terra", diz o IV livro de Esdras, não inserido na Bíblia Vulgata.

            Por isso, logo após a Queda, que fez, dos exilados do Éden, animais humanos no nosso planeta Terra - falo-vos como a iniciados (scientibus enim Legem loquor) Deus, mirando de longe, no futuro, o ponto central onde ele quer chegar em tal época favorável; determinando depois os pontos secundários que escalonarão a marcha da História Universal, começa a sua ação de levantamento e dirige a Humanidade. Acompanha e governa sabiamente, sem violar nenhuma liberdade, a ação de todos e de cada um e, de século em século, os movimentos combinados dos diversos indivíduos, dentro de um mesmo pequeno círculo, dos diversos povos nas mais dilatadas zonas, modificando-se uns aos outros, engendram as formas subsequentes. 

            No campo que o nosso conhecimento do mundo pré-cristão abarca, três focos apenas parecem, a princípio, acionar todo o movimento dos povos: o dos Arias, no Oriente e no Ocidente, e, entre os dois, aqui os Caldeus, lá os Egípcios. Mais tarde, Egípcios, Hebreus e Persas alimentam a circulação vital. Após as conquistas de Alexandre, os Gregos dirigem sozinhos toda a ação. Depois, os Romanos a monopolizam.

            Então, no mundo, que Roma unificara, explode o Cristianismo: ponto que Deus visara desde o começo, resultante que Deus obtivera, ao termo da primeira série convergente dos movimentos intelectuais, políticos e religiosos da Humanidade inteira.



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