Quem quer que observe a transição
por que passa o mundo, ansiosos todos os povos pela
paz, concluirá fácil e espontaneamente que essa é sem dúvida a única esperança
que merece meditada e conseguida pelo esforço coletivo de toda a Humanidade. As
nações precisam de paz. O Espiritismo tudo tem feito pela realizar entre os
homens, Todas as comunicações que vimos recebendo, desde a codificação da
Doutrina, são unânimes em relembrar aos homens as palavras d'Aquele que nos
unificou, chamando-nos a todos os filhos do mesmo Pai,
Paz! gritam os humildes. Paz! clama
a grande massa humana. Não a teremos, todavia, enquanto os homens não se recristianizarem,
abandonando os princípios materialistas e os
exemplos de certas religiões hiper materialistas que ainda ousam falar em nome
d' Aquele que
jamais soube abençoar canhões e que fugia dos palácios dos nobres para conviver
com os parias,
com os humildes, com os sofredores.
Paz terá o mundo, quando a obra de
evangelização alcançar todos os corações. Paz teremos nós, quando o Espiritismo
conseguir tocar as almas embrutecidas pela educação anticristã que lhes
transmitiram os condutores de cegos.
Paz teremos, sim, porque os tempos
são chegados e os Espíritos do Senhor já começaram a revolver a terra, preparando-a
para o recebimento das sementes que lhe deverão lançar.
Em todas as pátrias surgirão os
missionários da obra de reeducação. Todos os povos serão
encaminhados. Todos receberão a mesma quantidade de bênçãos que tem chovido sobre
o Brasil, onde o Espiritismo conseguiu criar um campo propício para a
pacificação do mundo.
Foram os esforços o dos nossos
antecessores, foi a dedicação dos homens que conseguiu para o "Coração do
Mundo" essa situação de destaque de espiritualidade de que todos os espíritas
brasileiros nos ufanamos.
Seremos realmente o coração do
mundo. Daqui se irradiará a lei, o exemplo e a evangelização. Levaremos a todos
os povos os livros que vimos recebendo, fa-les-emos conhecedores dessa luz que
nos foi oferecida, num trabalho de colaboração com os dirigentes invisíveis que
receberam do Cristo a elevada missão de transformar-nos a morada de expiação em
planeta de regeneração ..
Colaboremos.
assina G.
Mirim
(Antônio Wantuil de Freitas)
in ‘Reformador’ (FEB)
em Fevereiro 1946
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