sábado, 11 de agosto de 2012

7. Bilhetes


7.   Bilhetes
           
          Quem quer que observe a transição por que passa o mundo, ansiosos todos os povos pela paz, concluirá fácil e espontaneamente que essa é sem dúvida a única esperança que merece meditada e conseguida pelo esforço coletivo de toda a Humanidade. As nações precisam de paz. O Espiritismo tudo tem feito pela realizar entre os homens, Todas as comunicações que vimos recebendo, desde a codificação da Doutrina, são unânimes em relembrar aos homens as palavras d'Aquele que nos unificou, chamando-nos a todos os filhos do mesmo Pai,

            Paz! gritam os humildes. Paz! clama a grande massa humana. Não a teremos, todavia, enquanto os homens não se recristianizarem, abandonando os princípios materialistas e os exemplos de certas religiões hiper materialistas que ainda ousam falar em nome d' Aquele que jamais soube abençoar canhões e que fugia dos palácios dos nobres para conviver com os parias, com os humildes, com os sofredores.

            Paz terá o mundo, quando a obra de evangelização alcançar todos os corações. Paz teremos nós, quando o Espiritismo conseguir tocar as almas embrutecidas pela educação anticristã que lhes transmitiram os condutores de cegos.

            Paz teremos, sim, porque os tempos são chegados e os Espíritos do Senhor já começaram a revolver a terra, preparando-a para o recebimento das sementes que lhe deverão lançar.

            Em todas as pátrias surgirão os missionários da obra de reeducação. Todos os povos serão encaminhados. Todos receberão a mesma quantidade de bênçãos que tem chovido sobre o Brasil, onde o Espiritismo conseguiu criar um campo propício para a pacificação do mundo.

            Foram os esforços o dos nossos antecessores, foi a dedicação dos homens que conseguiu para o "Coração do Mundo" essa situação de destaque de espiritualidade de que todos os espíritas brasileiros nos ufanamos.

            Seremos realmente o coração do mundo. Daqui se irradiará a lei, o exemplo e a evangelização. Levaremos a todos os povos os livros que vimos recebendo, fa-les-emos conhecedores dessa luz que nos foi oferecida, num trabalho de colaboração com os dirigentes invisíveis que receberam do Cristo a elevada missão de transformar-nos a morada de expiação em planeta de regeneração ..

            Colaboremos.



assina     G. Mirim
(Antônio Wantuil de Freitas)
in ‘Reformador’ (FEB) em  Fevereiro  1946




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