segunda-feira, 30 de julho de 2012

Política Divina


Política Divina

"Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve." 
- Jesus. (Lucas, 22 - 27) .

            O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o seu ministério.

            O Governador da Terra, entre nós, para atingir os objetivos da política divina do amor antes de tudo, representou os interesses de Deus junto ao coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, departamentos e comissões.
Governou, servindo; elevou os demais, humilhando a si mesmo. Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado. Amou profundamente aos semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemunhou sua grandeza celestial.

            Que seria das organizações cristãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios?              

            Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas sublimes do Evangelho Redentor.

            Ama a Deus, sobre todas as coisas, com todo o teu coração e entendimento.

            Ama ao próximo como a ti mesmo.

            Cessa o egoísmo da animalidade primitiva.

            Faze bem aos que te, fazem mal.

            Abençoa os que te perseguem e caluniam,

            Ora pela paz dos que te ferem...

            Bendize os que te contrariam o coração inclinado ao pretérito inferior.

            Reparte as alegrias de teu espírito e os dons de tua vida com os menos afortunados e mais pobres do caminho.

            Dissipa as trevas, fazendo brilhar tua luz.

            Revela o amor que acalma as tempestades do ódio.          

            Mantém viva a chama da esperança, onde sopra o frio do desalento.

            Levanta os caídos.

            Sê a muleta generosa dos que se arrastam sob aleijões morais.

            Combate a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio fraterno, sem gritos de condenação e golpes de crítica.

            Ama, compreende e perdoa sempre.

            Dependerás, acaso, de decretos humanos para meter mãos à obra?

            Lembra-te, meu amigo, de que os administradores do mundo são respeitáveis prepostos da Sabedoria Divina, junto aos potenciais econômicos, passageiros e perecíveis do mundo; todavia, não te esqueças das plataformas sublimes do Código da Vida Eterna, na execução das quais devemos edificar o Reino de Deus dentro de nós mesmos.

Emmanuel

por  Chico Xavier 
in Reformador (FEB) Março  1946




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