Lenho Verde – Lenho Seco JUL 06
Enquanto iam conduzindo a Jesus,
angariaram um tal Simão de Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às
costas para que a levasse no encalço de Jesus. Acompanhava-o uma grande
multidão de povo, entre eles também mulheres, que o pranteavam e lamentavam.
Voltou-se Jesus para elas e disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim;
chorai sobre vós e sobre vossos filhos. Eis que chegarão dias em que se dirá
aos montes: Cai sobre nós! E aos outeiros: Cobri-nos! Pois se isto acontece ao
lenho verde, que será do seco?” Lucas 23, 26
ss
Por que chorais, filhas de
Jerusalém, as penas do Deus-homem e não as culpas do homem?
Por que deplorais
os efeitos, e vos esqueceis da causa?
Não sabeis que
estas penas sangrentas são filhas da vossa culpa iníqua?
Sofrimento não
houvera se pecado não houvesse.
Do Filho de Deus
são os sofrimentos porque dos filhos dos homens são os pecados...
Ele é o “lenho
verde” – eles são o “lenho seco”.
Ele, repleto das
seivas vivas de graça – eles, plantas murchas, áridas, esqueletos e almas...
Ele, adorador do
Pai em espírito e em verdade – eles, cultores das suas “tradições paternas”,
hereges da Verdade, da Justiça, da Caridade...
Ele, o caminho, a
verdade e a vida – eles, sepulcros caiados...
Se tamanho
castigo desabou sobre o cordeiro de Deus que carrega com os pecados do mundo –
que castigo àqueles que tais pecados cometeram?...
Filhas de
Jerusalém chorai a triste sorte das árvores desarraigadas, das almas arrancadas
de Deus, dos espíritos separados de Cristo Redentor...
Huberto
Rohden
in “Em Espírito e Verdade”
Edição da Revista
dos Tribunais, SP – 1941
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