Amor Imortal JUL 13
Terminado o sábado, na
madrugada do primeiro dia da semana, puseram-se a caminho Maria Madalena e a
outra Maria para verem o sepulcro. Estremeceu então a terra com violência. Um
anjo do Senhor desceu do céu, aproximou-se, revolveu a pedra e sentou-se em cima.
O seu aspecto era como o relâmpago e as suas vestes brancas como a neve. Os
guardas estremeceram de terror em face dele e ficaram como mortos.
Disse
o anjo às mulheres: “Não temais! sei que procurais a Jesus, o crucificado; não
está aqui; ressuscitou como disse. Vinde e vede aqui o lugar onde esteve
colocado o Senhor. Ide depressa e dizei a seus discípulos que ressuscitou
dentre os mortos. Irá diante de vós para a Galileia; aí o vereis. Eis que vo-lo
disse!”
Trânsidas
de terror e de alegria ao mesmo tempo, deixaram, pressurosas, o sepulcro e
correram a levar a notícia aos discípulos. Nisto, lhes veio Jesus ao encontro e
disse: “Eu vos saúdo!” Aproximaram-se, e abraçando-se com os pés dele, o
adoraram. Então lhes disse Jesus: “Não temais! Ide e avisai a meus irmãos que
vão à Galileia; aí me verão.”
Mateus 28,
1ss
Embalsamar o corpo do
crucificado?... e isto no terceiro dia?...
E ignorais vós,
almas devotas, que ele prometeu ressurgir nesse dia?
Ah, bem o sabem
elas, mas não o creem nem o esperam. Afogaram-se, nas torrentes sanguíneas da
sexta-feira, a fé e a esperança das discípulas de Cristo. Mas o amor, esse não
lhes morreu, porque é imortal.
E a vida imortal
do amor ressuscitou da morte a fé e a esperança.
E despontou-lhes
na alma a luz da Páscoa...
Huberto
Rohden
in “Em Espírito e Verdade”
Edição da Revista
dos Tribunais, SP – 1941
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