terça-feira, 1 de maio de 2012

'O Grão que Germina Sozinho'



O Grão 
que Germina Sozinho

4,26  Dizia também: “O reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra
4,27  Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente cresce, sem ele o perceber
4,28  Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga.
4,29  Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita.” 

         Para Mc (4,26) - O grão que germina sozinho...- reproduzimos “Livro da Esperança”, de Emmanuel por Chico Xavier: 
                  
         “Para considerar a importância do trabalho, relacionemos particularmente algumas das calamidades da inércia, no plano da natureza.

            A casa longamente desabitada afasta-se da missão de albergar os que vagueiam sem teto e, em seguida, passa à condição de reduto dos animais inferiores que a mobilizam por residência.

            O campo largado em abandono furta-se ao cultivo dos elementos nobres, necessários à inteligência na Terra e transforma-se, gradativamente, em deleitoso refúgio da tiririca.

            O poço de águas trancadas foge de aliviar a sede das criaturas, convertendo-se para logo em piscina de vermes.

            O arado ocioso esquece a alegria de produzir e, com o decurso do tempo, incorpora em si mesmo a ferrugem que o desgasta.

            A roupa que ninguém usa distancia-se da tarefa de abrigar quem tirita de frio ao relento e faz-se, pouco a pouco, a moradia da traça que a destrói.

            O alimento indefinidamente guardado sem proveito deixa a função que lhe cabe no socorro aos estômagos desnutridos e acaba alentando os agentes da decomposição em que se corrompe.

            Onde estiveres, lembra-te de que a vida é caminhada, atividade, progresso, movimento e incessante renovação para o Bem Eterno.

            Trabalho é o infatigável descobridor.

            Transpõe dificuldades, desiste da irritação, olvida mágoas, entesoura os recursos da experiência e prossegue adiante.

            Quem persevera na preguiça, não somente deserta do serviço que lhe compete fazer, mas abre também as portas da própria alma à sombra da obsessão em que fatalmente se arruinará.”



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