quinta-feira, 12 de abril de 2012

O Dia de Sábado


O Dia
De Sábado
        
12,1   Atravessava Jesus os campos de trigo num dia de sábado. Seus discípulos, tendo fome, começaram a arrancar as espigas para comê-las. 
12,2 Vendo isto, os fariseus disseram-lhe: - Eis que Teus discípulos fazem o que é proibido  no  dia de sábado!
12,3 Jesus respondeu-lhes: “-Não lestes o que fez Davi num dia em que teve fome, ele e seus companheiros? 
12,4 Como entrou ele na casa de Deus e comeu os pães da proposição?* Ora, nem a ele, nem àqueles que o acompanhavam, era permitido comer esses pães reservados só aos  sacerdotes. 
12,5 Não lestes na lei que, nos dias de sábado, os sacerdotes transgridem, no templo, o descanso do sábado, e não se tornam culpados? 
12,6 Ora, Eu vos declaro que aqui está quem é maior que o templo. 12,7 Se compreendêsseis o sentido da palavra: Quero a misericórdia e não o sacrifício... não condenaríeis os inocentes. 
12,8  Porque o Filho é Senhor também do sábado.”
* Pães da Proposição: Pães oferecidos a Deus no templo.



         Para Mt (12,1-8), encontramos a palavra de Kardec, no Cap. XV de “A Gênese”:

            “Jesus como que fazia questão de operar suas curas em dia de sábado, para ter ensejo de protestar contra o rigorismo dos fariseus no tocante à guarda desse dia. Queria mostrar-lhes que a verdadeira piedade não consiste na observância das práticas exteriores e das formalidades; que a piedade está, outrossim,  nos sentimentos do coração.”



            Para Mt (12,1-8), -Convenções - destacamos também “Pão Nosso” de Emmanuel por Chico Xavier:

            “O sábado, nesta passagem evangélica, simboliza as convenções organizadas para o serviço humano. Há criaturas que por elas sacrificam todas as possibilidades de elevação espiritual. Quais certos encarregados dos serviços públicos que adiam indefinidamente determinadas providências de interesse coletivo, em virtude da ausência de um selo minúsculo, pessoas existem que, por bagatelas, abandonam grandes oportunidades de união com a esfera superior.

            Ninguém ignora o lado útil das convenções. Se fossem totalmente imprestáveis, o Pai não lhes permitiria a existência no jogo das circunstâncias. São tabelas para a classificação dos esforços de cada um, tábuas que designam o tempo adequado a esse ou aquele mister; todavia, transformá-las em preceito inexpugnável ou em obstáculo intransponível, constitui grave dano à tranquilidade comum.

            A maioria das pessoas atende-as, antes da própria obediência a Deus; entretanto, o Altíssimo dispõe todas as organizações da vida para que ajudem a evolução e o aprimoramento dos filhos.

            O próprio Planeta foi edificado por causa do homem.

            Se o Criador foi a extremo de solicitude em favor das criaturas, por que deixarmos de satisfazer-Lhe os divinos desígnios, prendendo-nos às preocupações inferiores da atividade terrestre?

            As convenções definem, catalogam, especificam e enumeram, mas não devem tiranizar a existência. Lembra-te de que foram dispostas no caminho a fim de te servirem. Respeita-as, na feição justa e construtiva; contudo, não as convertas em cárcere.” 
                                                           


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