No
exercício da palavra
Tu, porém, prega o que esteja em
harmonia com a sã doutrina.
– Paulo (Tito – 2:1)
Dizem os sábios da Antiguidade: És senhor da palavra que não disseste e escrevo da que proferiste.
Sendo assim, cuida bem de teus discursos.
Há palavras que, embora nascidas de bons intentos, surgem
revestidas com o fel do azedume, criando em quem as ouve a sensação de
angústia.
Outras há que expressam a justiça, mas surgem revestidas
com o fel do azedume, criando em quem as ouve a sensação de angústia...
Outras há que expressam a justiça, mas surgem envolvidas no
véu escuro das cobranças, criando em quem as registra, o sentimento de culpa...
Outras, ainda, aparentam concordância, mas chegam recheadas
de dúvidas, dando origem à desconfianças.
Alerta, igualmente, para a tua voz, a fim de que ela não se
apresente como um ingrediente avinagrado, descaracterizando a tua mensagem de
estímulo ou de concórdia.
Observa o momento em que falas, para que não se torne em
fator de repulsão, porquanto para tudo há um momento certo.
Toma, por princípio, a vigilância, procurando analisar como
te sentirias interiormente, se fossem os teus ouvidos que assinalassem o que
teus lábios lançam nos ouvidos alheios.
Mede as conseqüências do que pretendes dizer, para que o arrependimento não te surpreenda
mais adiante, arrancando-te lágrimas de compunção.
Domina o teu primeiro impulso, evitando que, pela
precipitação, não venhas a destruir o valor do que tens a dizer.
Reflete antes, fala depois.
Calar é sempre melhor, quando não conseguires conter teu
pensamento nem clarificar teu sentimento.
Falar, sim, mas apenas como recomenda a sã doutrina, isto
é, só falar quando seja o Amor que nos inspire, levando quem nos ouve aos
caminhos da Paz.
Icléia (Espírito) (1996)
in “Evangelho e Vida” – Diversos Espíritos –
(Ed. Lar de Tereza RJ RJ)
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