Meu Encontro com
Kardec
Entro no táxi, apressadamente, e
peço ao chofer: - Leve-me ao cemitério "PERE LACHAISE". Visitava
Paris, satisfazendo uma vontade antiga de conhecer o túmulo de Allan Kardec. O
cemitério tem três entradas diferentes. O chofer me deixou em uma das entradas
laterais. A manhã era fria. O cemitério estava vazio. Senti-me perdido, não sabendo
que rumo tomar. Dispersivamente, lia alguns nomes nos registros dos túmulos,
esperando entre eles encontrar o nome de Kardec. Fiquei durante uns 20 minutos
à procura da entrada principal. Passei entre a última morada de generais, músicos,
duques, até que, de repente, percebi uma senhora que caminhava com uma rosa na
mão. Decidi seguí-Ia. A intuição foi forte e certa. Dez minutos depois, a
senhora depositava a rosa em frente ao busto de Kardec. Observava de longe. Assim
que ela se retirou, me aproximei. Coloquei as mãos sobre o busto e comecei a
meditar. As perguntas foram surgindo: por que sendo Kardec um homem tão
importante para a espiritualidade, era tão desconhecido na França? A resposta
tomou conta de meu pensamento: o consolador prometido surgiria para o mundo da pátria
do Evangelho e viveria seu momento culminante ao entrarmos no 3º milênio. A
resposta me fez compreender a causa da grande penetração da doutrina espírita
no Brasil.
Augusto César Vannucci
in ‘De Ave César a Ave Cristo’
(Editora
‘Maio’ ano 2000)
Do Blogueiro: Aos visitantes, lembramos que o ‘Père
Lachaise’, ao contrário da maioria dos locais de visitação em Paris, fica numa
colina. Alcança-lo pela parte de baixo – a entrada principal – implica num
esforço físico relevante principalmente para os da 3ª idade. O mais confortável
é pedir ao taxista que nos deixe na Rue
de Chemin Vert, na parte alta do cemitério. O túmulo de Kardec e de sua esposa
fica pertinho da entrada localizada nesta rua.
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