sexta-feira, 9 de março de 2012

Meu Encontro com Kardec


Meu Encontro com Kardec


            Entro no táxi, apressadamente, e peço ao chofer: - Leve-me ao cemitério "PERE LACHAISE". Visitava Paris, satisfazendo uma vontade antiga de conhecer o túmulo de Allan Kardec. O cemitério tem três entradas diferentes. O chofer me deixou em uma das entradas laterais. A manhã era fria. O cemitério estava vazio. Senti-me perdido, não sabendo que rumo tomar. Dispersivamente, lia alguns nomes nos registros dos túmulos, esperando entre eles encontrar o nome de Kardec. Fiquei durante uns 20 minutos à procura da entrada principal. Passei entre a última morada de generais, músicos, duques, até que, de repente, percebi uma senhora que caminhava com uma rosa na mão. Decidi seguí-Ia. A intuição foi forte e certa. Dez minutos depois, a senhora depositava a rosa em frente ao busto de Kardec. Observava de longe. Assim que ela se retirou, me aproximei. Coloquei as mãos sobre o busto e comecei a meditar. As perguntas foram surgindo: por que sendo Kardec um homem tão importante para a espiritualidade, era tão desconhecido na França? A resposta tomou conta de meu pensamento: o consolador prometido surgiria para o mundo da pátria do Evangelho e viveria seu momento culminante ao entrarmos no 3º milênio. A resposta me fez compreender a causa da grande penetração da doutrina espírita no Brasil.

Augusto César Vannucci

in ‘De Ave César a Ave Cristo’
(Editora ‘Maio’ ano 2000)


Do Blogueiro: Aos visitantes, lembramos que o ‘Père Lachaise’, ao contrário da maioria dos locais de visitação em Paris, fica numa colina. Alcança-lo pela parte de baixo – a entrada principal – implica num esforço físico relevante principalmente para os da 3ª idade. O mais confortável é pedir ao taxista que nos deixe na  Rue de Chemin Vert, na parte alta do cemitério. O túmulo de Kardec e de sua esposa fica pertinho da entrada localizada nesta rua.





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