terça-feira, 13 de março de 2012

Com a medida que medirdes...


Com
a medida
 que medirdes...

4,21  Dizia-Lhe ainda: “Traz-se, porventura, a lamparina para ser colocada debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser posta no candeeiro?
4,22  Porque nada há oculto, que não deva ser descoberto; Nada secreto que não deva ser publicado.
4,23  Se alguém tem ouvidos para ouvir,  que  ouça.”  
4,24  Ele   prosseguiu: “Atentai vós que ouvis: Com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e, ainda se vos acrescentará. 4,25  Pois, ao que tem, se lhe dará, e, ao que não tem, se lhe tirará até o que tem!”    


         Para  Mc (4,24) - Com a medida que medirdes...- reproduzimos “Bênção de Paz”, de Emmanuel por Chico Xavier: 
                    
            “O ofensor apareceu diante de ti à maneira de um teste de aprimoramento moral. Injuriou-te o nome. Zombou-te dos brios.   Gritou-te ameaças.   Golpeou-te os sentimentos. Desafiou-te a capacidade de tolerância.  Apedrejou-te os ideais. Escarneceu-se dos propósitos.  Torturou-te o pensamento.

            Disse Jesus: “Ama os teus inimigos”, mas não recomendou que os tomássemos por modelos de serviço e conduta, quando os nossos opositores se afeiçoem ao mal.

            Mentaliza um homem estirado no charco. É razoável lhe estendas a mão, no fito de socorrê-lo; entretanto, nada justifica te afundes, por isso, conscientemente no barro.

            É preciso salvar as vítimas do incêndio, mas a vida não te pede o mergulho desamparado nas chamas.

            O adversário é sempre alguém digno do auxílio ao nosso alcance, mas, nem sempre, com desculpa de amor, devemos fazer aquilo que ele estima fazer.  ”

            Da mesma fonte e com referência a igual versículo de Marcos, temos:

            “Frequentemente lastimamos enganos de que somos vítimas ou deploramos obstáculos desvinculados de advertências edificantes que nos enriquecem a alma. Esperamos que amigos nos evitem aborrecimentos, que instrutores nos garantam o passo... As leis que nos regem, contudo, se expressam por evolução, crescimento, disciplina, responsabilidade.

            Uma criança, nos primeiros tempos da experiência física, decerto contará com o amparo materno ou com o auxílio de pajens dedicados, a fim de equilibrar-se nos próprios pés; todavia, o tempo desenvolver-lhe-á entendimento e forma, situando-a na idade da razão.

            Chegada a esse ponto a criatura já não pode refugiar-se no regaço alheio para obter apoio e condução. Colocada entre os adultos que gravitam em torno de interesses variados, é compelida a defrontar-se com os problemas que lhe digam respeito, de modo a resolvê-los, com vistas a própria sublimação espiritual.

            Imperioso, dessa forma, que não se renda culto à desatenção nos caminhos da vida. Nos menores e maiores acontecimentos do cotidiano é preciso saibamos analisar, de raciocínio sereno, que sugestões edificantes a fé nos proporciona ou que lições vivas a experiência nos traz.

            Imaginemos alguém atravessando a via pública sem a menor consideração para com os avisos do trânsito, ou contraindo dívidas sem a mínima ideia de que responderá pelos próprios atos. Claramente que, por fim, esbarrará com desastre e insolvência.

            Assim também na vida moral.

            Ninguém vive acertadamente sem ponderação, equilíbrio, discernimento, autoexame. Reflitamos em nossos compromissos, deveres, tarefas, necessidades. Para que nos premunamos contra disparate e imprudência, Jesus foi persuasivo, exortando-nos pelos apontamentos de Marcos: “Atentai vós que ouvis”.”

            Para  Mc (4,25) - ..ao que não tem até  o  que  tem  lhe  será  tirado!  -   leiamos  “Livro da Esperança” de Emmanuel por Chico Xavier:

            “Reflitamos  em  alguns  quadros da  vida:

- a quem se consagra ao serviço, mantendo o trabalho, mais progresso;

- a quem auxilia o próximo, mantendo a fraternidade, mais recursos;

- a quem respeita o esforço alheio, mantendo a colaboração em louvor do bem, mais estima;

- a quem estuda, mantendo a instrução geral, mais cultura;

- a quem cultiva compreensão, mantendo a concórdia, mais clareza;

- a quem confunde os outros, mantendo a obscuridade, mais sombra;

- a quem se queixa, mantendo o azedume, mais desânimo;

- a quem se irrita, mantendo a agressividade, mais desespero;

- a quem cria dificuldades, no caminho dos semelhantes, mantendo obstáculos, mais problemas.

            Na mesma diretriz, quem se empenha a compromissos, mantendo dívidas novas, mais deveres e a quem solve obrigações, mantendo novos créditos, mais direitos.

            Nós todos - os espíritos em evolução - temos algo a planejar e realizar, suprimir e aperfeiçoar no mundo de nós mesmos.

            A Doutrina Espírita, desenvolvendo o ensino do Cristo, demonstra que, em toda parte, nas realidades do espírito, daquilo que habitualmente mantemos teremos sempre mais.”
   


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