“Ide à Aldeia”
Relata Mateus, no capítulo 21 de suas anotações, que o Divino Mestre disse, certa vez, a dois de seus discípulos: “Ide à aldeia que está à vossa frente e logo encontrareis uma jumenta amarrada e, com ela, um jumentinho. Desamarrai-a e trazei-nos. E se alguém vos disser alguma coisa, dizei: “O Senhor precisa deles.”
Atentai, irmãos meus, para o elevado sentido de todos esses símbolos e encontrareis a precisa inspiração para resolver muitos de vossos problemas mais prementes, pois a sabedoria dos ensinos messiânicos não se empana com o passar do tempo, e seu valor é sempre multiplicado pelas circunstâncias que se renovam.
A verdade é que sempre temos, diante de nós, alguma aldeia. Ao trabalhador dedicado e fiel cumpre mover-se em direção a ela. A seguir, deve procurar a jumenta. Encontrando-a, compete-lhe desamarrá-la e trazê-la, junto com o jumentinho. E finalmente é de seu dever dar, a quem de direito, com humildade e firmeza, as explicações necessárias.
Sempre haverá a necessidade da caminhada, a exigência da procura, o trabalho da desamarração, as dificuldades da jornada de volta e as inevitáveis satisfações a serem dadas a donos de animálias.
Entretanto, também não faltarão jamais a inspiração e a ajuda da Providência Divina aos obreiros fiéis ao serviço divino.
Áureo
por Hernani T. Sant’Anna
in ‘Correio entre Dois Mundos’ (1ª Ed FEB 1990)
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