sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Orando pelo Natal



Orando no Natal

            Senhor!

            Enquanto vibram as emoções festivas e muitos homens se banqueteiam, evocando aquele Natal que Te trouxe à Terra, recolhemo-nos em silêncio para orar.

            Há tanta dor no mundo, Senhor!

            Os canhões calam os seus troares, momentaneamente, as bombas destruidoras cessam de cair por alguns instantes, nos países em guerra, enquanto nós oramos pelos que mercantilizam vidas, fomentando conflitos e beligerâncias outras;

            pelos que escorcham as populações esfaimadas sob leis impiedosas e escravizantes;

            pelos que se comprazem, como se fossem abutres em forma humana, com a renda nefanda das casas do comércio carnal;

            pelos que exploram os vícios e acumulam usuras como o fruto da alucinação dos obsidiados ignorantes da própria enfermidade;

            pelos que malsinam moçoilas e rapagotes inexperientes, deslumbrados com o fastígio mentiroso da ilusão;

            pelos que difundem a literatura perversa e favorecem a divulgação da criminalidade;

            pelos que fazem enlouquecer, através dos processos escusos, decorrentes da cultura que perverte mentes e corações;

            pelos que se locupletam com as moedas adquiridas mediante o infanticídio hediondo;

            pelos que dormem para a dignidade e sorriem nos pesadelos do torpor moral, que os invadem!

            Senhor!

            Diante das crianças tristonhas e dos velhinhos estropiados, dos enfermos ao abandono e dos atormentados à margem da sociedade, lembramo-nos de rogar por todos eles, mas não nos esquecemos de Te suplicar pelos causadores da miséria e do infortúnio.

            Não sabem o que fazem! — perdoa-os, Senhor!

            Neste Natal, evocando o momento em que as Altas Esferas seguiram contigo à Terra, até o singelo recinto de animais, para o Teu mergulho na névoa dos homens, esparze, novamente, misericórdia e esperança para todos, a fim de que o Ano Novo seja para sofredores e responsáveis pelo sofrimento, a antemanhã da Era do Espírito Imortal de que Te fizeste paradigma após o martírio da Cruz.
           
Joanna de Ângelis
por Divaldo Franco

in “Celeiro de Bênçãos”  
(Ed. LEAL, 5ª Ed., 1992. Nº 1, pág. 11)

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