segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Maria visita Isabel


Maria Visita Isabel                           

         
     1,40 Maria entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel 1,41 Ora, tão logo Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu ventre e Isabel ficou sob a influência de um espírito e 1,42 exclamou, em voz alta: - Bendita és entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 1,43  Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? 1,44 Pois, assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, A criança estremeceu de alegria no meu ventre! 1,45 Bem aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor foram ditas!1,46 E Maria disse:  - Minha alma glorifica ao Senhor, 1,47 Meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, 1,48  porque olhou para sua serva. Por isso, desde agora, me proclamarão bem aventurada todas as gerações, 1,49 porque realizou em mim maravilhas Aquele que é poderoso e cujo nome deve ser preservado. 1,50 Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem 1,51 Manifestou o poder de seu braço. Desconcertou os corações dos soberbos. 1,52 Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. 1,53  Saciou de bens os indigentes e despediu, de mãos vazias, os ricos. 1,54 Acolheu a Israel, seu servo, lembrado em sua misericórdia, 1,55 conforme prometera a nosso Pai, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre. 1,56  Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois, voltou para casa.

         Muitos são os espíritos superiores que mantém, em suas comunicações com a Terra, a identidade feminina. A apresentação de trabalhos de alguns desses Espíritos foi a forma que encontramos para mandar-lhes nosso mais sincero preito de amor.
           

    Maria!,
 por Bella Pedreira, conforme lida em Reformador, página 77, ano 1933:
           
            Ó meiga e suave Maria! És o lírio imaculado que floriu nas campinas verdejantes da Palestina.

            Alma cândida e cheia de bondade, violeta singela e perfumada, foste escolhida para a maior e mais santa de todas as missões: Mãe de Jesus, o Ungido de Deus.

            E como soubeste, Maria, desempenhar tão bem essa missão! Foste esplendidamente humilde, assumindo tão sublime investidura. Incarnaste com magnificência e esplendor a mãe de que o Cristo precisava, aqui na Terra, para o desempenho da sua ingente tarefa. Assimilaste com perfeição o papel que o Pai te reservou.

            Boa e humilde, amorável e carinhosa, resignada e forte, tu te colocaste, Maria, no lugar de Mãe da Redenção.

            Quando Jesus se aproximava de ti, sabias dar-lhe todo o amor do teu excelso coração materno. Amenizavas com o teu carinho e com a tua suavidade as dores que os homens maus e egoístas lhe infligiam. Quando, porém, o Senhor precisava agir, sabias tão bem esconder-te, tal como a mimosa violeta que humildemente se oculta entre as folhagens, revelando-se, todavia, pelo doce perfume, que exala, embalsamando os ares! Ele, então, atuava livremente, acompanhado sempre pelo teu divino coração, onde se ia conferindo tudo o que com ele se relacionava.

            Como mãe extremosa, quantos sofrimentos, quantas dores suportaste! Mas, nem uma só vez o perturbaste com teus queixumes, nem com tuas lágrimas. Sabias, Maria, guardar, sopitar no teu íntimo todas as angústias e torturas que trespassavam a tua alma de eleita.

            Quando os homens foram ao extremo de crucificar o teu Filho, foste divina na tua dor; em verdade te revelaste à altura d’Ele!

            Maria, és o símbolo, o modelo augusto das mães. Jesus mesmo, na hora suprema, num gesto magnífico de misericórdia, desdobrou a tua maternidade sobre todos os míseros pecadores, personificados no discípulo amado: Filho, eis aí tua mãe!

            Desde esse momento, tão solene e majestoso como aquele em que te falara o anjo Gabriel, tu te fizeste Mãe de todo o gênero humano, a quem Ele veio remir!

            Estende, pois, Mãe, teu manto de pureza e santidade sobre todos os homens, insculpindo em nossos corações a virtude que exorna teu adamantino Espírito: a humildade.

            Que a graça nos envolva, transformando nossas almas!

            Ave Maria!




            A seguir, recebida por Chico Xavier, apresentamos mensagem de Maria João de Deus falando-nos de...

Celina

            Quando elevamos ao céu nosso olhar suplicante, há para todos nós, os que se afligem na provação, uma carinhosa e compassiva Mãe que nos ampara e consola...

         Compadece-se de nossa dor, contempla-nos com misericórdia e manda-nos então o anjo da sua bondade, para balsamizar nossos padecimentos... É Celina, a suave mensageira da Virgem, a Mãe de todas as Mães, o gênio tutelar da humanidade sofredora...

         Quando o pranto aflora nos olhos das que são filhas e irmãs, das que são esposas e mães na Terra, no coração das quais, muitas vezes, se concentra a amargura, vem Celina e toma-as nos seus braços de névoa resplandescente e, através dos ouvidos da consciência, lhe diz com brandura:

         “ -Veio a dor bater à vossa porta? Coragem... Não desanimeis nas ásperas lutas que objetivam vosso aprimoramento moral. Pensai n’Aquela que teve sua alma recortada de martírios, lacerada de sofrimentos, atormentada de angústias. Ela se desvela do céu por todas aquelas almas que escolheram suas pegadas de Mãe amorosa e compassiva.

         Foi ela que, escutando a oração de vossa fé, me enviou para que eu vos desse as flores de seu amor sacrossanto, portadoras da paz, da humildade e, sobretudo, da paciência; porque o acaso não existe e tudo na vida obedece a uma lei inteligente de causalidade que foge aos vossos olhos, que se sentem impossibilitados de ver toda a verdade: Tomai minhas mãos! Cumpri austeramente todos os vossos deveres, fechai vossos olhos aquilo que pode obstar vossos passos para a luz e caminhai comigo. Os anos são minúsculas frações de tempo e, um dia, sem vos deterdes com o cansaço, chegareis ao pé d’Aquela  que é vossa Mãe desvelada de todos os instantes !...”

         E todas aquelas que a ouvem, sentem-se sustentadas por braços tutelares, na noite escura das dores, e, vertendo lágrimas amargosas, preparam-se e se iluminam na pedregosa senda da virtude para respirar os ares felizes do encantado país onde desabrocham os lírios maravilhosos da esperança!

(Pág. recebida no Gr. Esp. “Os Mensageiros” em São Paulo, SP)


            A seguir, um poema de Meimei, recebido por Chico Xavier em reunião pública no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, em 30 de Agosto de 1951, conforme relato de Ramiro Gama em “Lindos Casos”:


             ‘Agora’

            Se a consolação do Evangelho nos visitou a alma...
            Se a bênção da fé nos ilumina...
            Se a nossa confiança permanece restaurada...
            Se a fraternidade é o ideal que buscamos...
            Agora, realmente, a nossa vida aparece modificada.
            Agora, conhecemos, agora temos e agora somos.
            Porque, em Cristo, nossa alma sabe o que deve fazer, recebe do céu o suprimento de recursos e valores, de acordo com as nossas próprias necessidades e é demora de bênçãos e dons que nem todos, de momento, nos vêem desfrutar.
            Nosso horizonte jazia velado pelas trevas.
            Antes, seria difícil a tarefa do auxílio.
            Crisálidas da inteligência descansávamos no casulo da ignorância.
            Agora, porém...
            O Senhor, utilizando mil pequeninos recursos, acendeu a luz do conhecimento divino em nosso espírito e, com a visão mais alta da vida e do mundo, cresceram a nossa importância de pensar e a nossa responsabilidade de viver.
            Se já te encontraste com Jesus, não te queixes.
            Ontem, poderias alegar fraqueza e desconhecimento como pretexto para ferir ou repousar, fortalecendo o poder da inércia ou da sombra.
            Hoje, porém, é o teu dia de servir e de caminhar. ” 



            Tomemos, então, a palavra de Scheilla...

         “Abençoa Sempre
            Seja onde for, abençoa para que a bênção dos outros te acompanhe.
            Todas as criaturas e todas as coisas te respondem, segundo o toque de tuas palavras ou de tuas mãos.
            Abençoa teu lar com a luz do amor, em forma de abnegação e trabalho, e o lar abençoar-te-á com gratidão e alegria.
            Abençoa a árvore de tua casa com a dádiva de teu carinho e a árvore de tua casa abençoar-te-á com o perfume da flor e com a riqueza do fruto.
            Se amaldiçoas, porém, o companheiro de cada dia com o azorrague de censura, dele receberás a mágoa e a desconfiança.
            Se condenas o animal que te partilha o clima doméstico à fome e à flagelação, dele obterás rebeldia e aspereza.
            Em verdade, não podes abençoar o mal, a exprimir-se na crueldade, mas deves abençoar-lhe as vítimas para que se refaçam, de modo a extingui-lo.
            Não será justo abençoes a enfermidade que te aflige, mas é indispensável abençoes o teu órgão doente, para que com mais segurança se reajuste, expulsando a moléstia que, às vezes, te impõe amargura e desequilíbrio.
            Não amaldiçoes nem mesmo em pensamento.
            A idéia agressiva ou destruidora é corrosivo em nossa boca, sombra em nossos olhos, alucinação em nossos braços e infortúnio em nossa vida.
            Abençoa a mão que te fere e a mão que te fere aprenderá como eximir-se da delinqüência.
            Abençoe o verbo que te insulta e evitarás a extensão do revide.
            Abençoa a dificuldade e a dificuldade revelar-te-á preciosas lições.
            Abençoa o sofrimento e o sofrimento regenerar-te-á.
            Abençoa a pedra e a pedra servirá na construção.
            Não olvides o Divino Mestre da Bênção.
            Jesus abençoou a Manjedoura e dela fez o berço luminoso do Evangelho nascente; abençoou a Pedro, enfraquecido e vacilante, transformando-o em vigoroso pescador de almas; abençoou a Madalena obsidiada e nela plasmou o sinal da sublimação humana; abençoou Lázaro, cadaverizado, e devolveu-lhe a vida;  e, por fim, abençoou a própria cruz, nela esculpindo a vitória da ressurreição imperecível.
            Abençoa a Terra, por onde passes, e a Terra abençoará a tua passagem para sempre.”    



 De “Vida Nova” por Chico Xavier leiamos Nina Aroeira que nos apresenta   

Fraternidade
em Ação

            “O insulamento de um povo é comumente a origem de grandes calamidades.
         A evolução não admite intervalos e a coletividade relegada aos seus próprios caprichos costuma atrasar o relógio do progresso, acabando surpreendida por aflitivos desastres.
         Fomos criados para o crescimento do Espírito.
         Somos a Família Universal. Irmãos identificados pelos mesmos princípios, nossas lutas e alegrias, dificuldades e esperanças são quase sempre as mesmas em todos os climas da Terra.
         Por isso mesmo, não nos esqueceremos da solidariedade sem deploráveis prejuízos.
         Quem não aprende com os outros, sofre longo estágio no cipoal da ignorância.
         Quem não auxilia aos outros cristaliza-se no egoísmo.
         Quem não comunga com os outros viaja sozinho.
         A propósito, recordemos que Moisés no início do Testamento colocou na boca paternal de Jeová, a frase que atravessaria os milênios: “não é bom que o homem esteja só”.
         Abandonada a si própria, a criatura inteligente acabaria esmagada pela complexidade da vida, mas ligada a todos, pelos laços do trabalho e do amor, encontra o próprio equilíbrio, satisfazendo aos imperativos do crescimento e da elevação, entrando na posse definitiva dos tesouros que a Vida Abundante lhe reserva.
         Permutando experiências e ensinamentos, melhoramos as nossas realizações, porque se os nossos objetivos são inalteráveis, as condições e os problemas são diferentes.
         A comunhão fraternal é o nosso caminho inevitável toda vez que desejamos a exaltação do bem com todos em favor de todos.

         Eis porque desejando para nós todos a Luz Divina, no serviço da aproximação mútua que a Bondade do Senhor nos permite efetuar, aquecemos o coração no calor da boa vontade, aprendendo uns com os outros sob o patrocínio do Divino Mestre, para elevar o nível da vida onde estivermos, compreendendo que Doutrina Espírita é sempre fraternidade em ação.”


                                                                                   

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