domingo, 31 de julho de 2011

Jean-Baptiste Roustaing - O Missionário da Fé.



Jean-Baptiste ROUSTAING
- O Missionário da Fé -

por Luciano dos Anjos
1ª Ed. 2002 AEEV – Volta Redonda RJ

Duas Palavras
(como diria Guillon Ribeiro)

     De maneira doce e nostálgica o amigo e confrade Luciano dos Anjos procura nos relembrar aqui neste livro os principais fatos da vida de Jean-Baptiste Roustaing, esse verdadeiro espírita-cristão sempre praticando o bem e a caridade (inclusive ao desencarnar, conforme seu testamento no-lo atesta) e que seguiu rigorosamente a condição de discípulo de Jesus, quando este afirmou que aqueles seriam reconhecidos por muito se amarem.
     Escassas são as obras da arqueologia espírita em que podemos deparar com documentações e depoimentos autênticos. Por isso mesmo não é raro vermos pseudo-historiadores caminhando trôpegos em fio de aço teso, untado de ilações, suposições e, em alguns casos, até deturpações conscientes.
     Luciano dos Anjos vem trabalhando em prol da doutrina espírita há quase meio século. Singrando, no movimento espírita, mares que, por muito que se queira, jamais deverão ser de calmaria, é sabidamente conhecida a sua obstinação com a verdade, sendo verdadeiro nas suas ações e discursos que não compactuam com acomodações levianas e transigências destrutivas do cristianismo redivivo. Demonstra isso de maneira diamantina no livro de sua autoria O Atalho.
     Jean-Baptiste Roustaing – O Missionário da Fé, que ora apresentamos, é um impresso inédito de revelações e preciosidades históricas. Trabalho árduo e elaborado ao longo de muitos anos, foi agora pinçado da grande e notável obra A Posição Zero, do mesmo autor. Esta, sim, é obra ainda mais extraordinária, cuja publicação já havia sido prevista nos idos do século XIX. Essa previsão foi-nos mostrada desde a década de 70 pelo nosso inesquecível amigo Newton Boechat, depois que tomou conhecimento dos originais de A Posição Zero. Como todo fruto nobre, A Posição Zero vem  aguardando o momento mais propício para a sua completa divulgação.  (Alguns capítulos têm sido antecipados na imprensa ou em separata, caso mesmo deste pequeno livro).
     Mais uma vez Luciano dos Anjos opta por ser repudiado a deixar o tempo passar sem compartilhar com seus leitores as verdades libertadoras contidas nas obras da doutrina espírita. Uma vertente singular dessa opção é o livro que agora vem a público, capaz de comprovar, dentre outras verdades, o apreço de Roustaing por Kardec. Em duas palavras, verdade seja dita: contra fatos não há argumentos.
     Ao analisarmos as revelações trazidas pelo Alto, bem como o modo como as criaturas lidam com elas, encontraremos o fato de que a Verdade, para se estabelecer, enfrentará sempre dois perigosos inimigos engendrados pelas trevas, os quais de modo geral atuam em eito.
     O primeiro é o combate agressivo e irracional que procura atingir a própria integridade física de seus propagadores (caso, por exemplo, da perseguição aos cristãos primitivos e da prisão de espíritas no Brasil, no começo do séc. XX), ou a própria idéia em si. (Auto-de-fé de Barcelona e a pecha de loucura que procuraram lançar aos espíritas). Historicamente, esse tem sido um modo ineficaz de se desviar os movimentos religiosos de seus caminhos corretos, com raríssimas exceções (caso por exemplo da heresia cátara que foi destroçada pelo catolicismo).
     O segundo é a forma muito sutil como, em nome de uma falsa fraternidade e de uma falsa união, a Verdade é deixada de lado a fim de que não haja discórdia e polêmica entre os “fiéis”. Foi assim que a igreja católica conseguiu encobrir com véus grandes constatações como a existência da reencarnação e a mediunidade, contrariando o próprio Mestre Jesus. Tudo em nome do “amor”...
     Portanto, essas mesmas tentativas seriam (e vêm sendo) tentadas contra o espiritismo e os seus missionários, encarnados e desencarnados. A lógica e a História nos afirmam isso.
     É o caso, por exemplo, do missionário Jean-Baptiste Roustaing, que no dizer de Humberto de Campos-espírito, na obra Brasil,, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, foi o responsável pelo desenvolvimento do aspecto da fé da doutrina espírita, explicando de maneira coerente todos os fatos contidos no Evangelho de Jesus.
     Não bastou o total apoio ao advogado de Bordeaux (no passado e na atualidade) dado por espíritos e espíritas, como Bezerra de Menezes, Antonio Luiz Sayão, Bittencourt Sampaio, Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco, Yvonne A. Pereira, Leopoldo Machado, Zilda Gama, Aura Celeste, Vinícius, Emmanuel e muitos, muitos outros. Quanta perseguição à magistral obra Os Quatro Evangelhos! Quantas mentiras e tentativas de deturpações na interpretação de seu conteúdo cristalino!!! Mas, como Kardec disse na Revue Spirite que “proibir um livro é provar que o tememos”, essa perseguição irracional em nada impediu que chegassem até aos presentes dias os conceitos iluminados da obra recebida por Mme. Collignon, como a natureza extra-humana de Jesus ou o porquê da primeira encarnação humana. (Será que Deus enviaria seres desprovidos de carma para que iniciassem suas vidas materiais em meio a cataclismos físicos e a doenças? Como nós, os espíritas, iremos aceitar isso, quando sabemos que se não se encontra no presente há de existir no passado uma causa para todos os resgates dolorosos?)
     Contudo, lembremo-nos do segundo meio sutil dos inimigos da Verdade: “Para que estudar e divulgar reencarnação, já que isso poderia dividir o movimento cristão?, indagaram os católicos; “Meu Deus, não será melhor, em nome do amor, deixarmos a mediunidade de lado?”, inquiriam durante a Idade Média os homens ditos cristãos...
     Não será exatamente isso que vivenciamos, na atualidade do movimento espírita, com relação à obra Os Quatro Evangelhos? É bom parar para pensar, pois um “povo que esquece a sua história está sujeito a repeti-la”...

Rio de Janeiro, 24 de abril de 2001

Pelo Grupo dos Oito

Alexandre da Silva Costa
Jorge Pereira Braga
Leda Pereira Rocha
Luciano dos Anjos Filho
Pedro Miguel Calicchio



Explicação
    
         Você vai conhecer a mais atualizada biografia de Jean-Baptiste Roustaing, o maior missionário da terceira revelação, depois de Allan Kardec. Os dados até hoje conhecidos se acham na Introdução de Os Quatro Evangelhos, redigida por ele mesmo. Na década de 70, ampliei esses dados, encetando meticuloso levantamento de tudo quanto Allan Kardec publicou na Revue Spirit a respeito de Roustaing, Emilie Collignon e do grupo de Bordeaux a que pertenciam. Além disso, mantive diversos e proveitosos contatos epistolares e telefônicos com autoridades daquela cidade e de Paris. Antecipei esse trabalho na imprensa, em opúsculos e até mesmo numa separata, retirado tudo do meu livro A posição Zero – Introdução Histórica e Dialética a Roustaing, ainda inédito. Posteriormente, nos anos 80/90, com o advento da Internet, minhas pesquisas alcançaram novos e mais amplos resultados. E prossigo até hoje nas buscas, mas estou desde logo repassando aos espíritas, através deste outro livro-separata, o que já consegui reunir, tanto quanto o farei na home-page do Grupo dos Oito, a ser brevemente inaugurada.
     A rigor, esta biografia atualizada de Jean-Baptiste Roustaing é o capítulo I do livro A Posição Zero, qual já fiz também a antecipação integral do capítulo IV na forma de separata [Os Adeptos de Roustaing, edição da Associação Espírita Estudantes da Verdade, Volta Redonda, tel. (024)  3342-4294].
     Aí está, pois, a vida, a luta, a glória do grande missionário Jean-Baptiste Roustaing, com dados, informações e documentos absolutamente inéditos, inclusive uma detalhada árvore genealógica que eu mesmo montei e que surpreendeu instituições de Bordeaux, de Paris, e até descendentes do coordenador de Os Quatro Evangelhos.
     Apenas não me foi possível ainda localizar alguma foto de Roustaing. Existe, no entanto, uma espécie de baú que foi repassado com um imóvel e outros pertences quando alguns familiares precisaram quitar determinada dívida. Esse baú continha objetos pessoais, nele podendo ser encontrada, talvez, a tão desejada foto. Estou nessa pista com a ajuda de um dos remanescentes da família, residindo hoje fora de Bordeaux. É muito possível, assim, que de repente eu venha a apresentar aos espíritas do Brasil e do mundo algum retrato, ou desenho, ou gravura de Jean-Baptiste Roustaing.
     Por ora, fiquem com essa biografia que orgulhosamente lhes apresento, num preito de gratidão ao nosso missionário da fé.
                      Rio de Janeiro, 07 de março de 2001.
                                                                    Luciano dos Anjos



Um comentário:

  1. PARABÉNS POR TÃO IMPORTANTE DIVULGAÇÃO DO VOSSO BLOG:
    fernandorosembergpatrocinio.blogspot.com.br

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