Fenômenos
Espíritas
na Bíblia
Lino Teles
Reformador (FEB) Setembro 1963
Epístolas
Na 1ª Epístola de Paulo aos Coríntios, ficam tratadas as diversas faculdades mediúnicas (12:8 a 11).
A mediunidade superior, ou o dom da profecia, é recomendada por Paulo (14;1 a 5).
A ressurreição de Jesus vem mencionada em 15:4 a 8.
Corpos espirituais ou perispíritos (15:4 a 8).
Referência a Melquisedec como agênere (15;40).
A forma de sagração dos sacerdotes católicos: - ‘Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec’ (Hebreus 7:17).
Na 1ª Epístola de João (4:1 a 4), trata-se do julgamento dos Espíritos que se comunicam com os homens. É recomendação repetida por Allan Kardec e por todos os espíritas esclarecidos.
Apocalipse
O último livro da Bíblia, também chamado ‘A Revelação’, é puramente mediúnico. É uma visão que João Evangelista teve na Ilha de Patmos. Os Espíritos Guias de sete igrejas lhes mandam cartas pelo vidente fazendo-lhe admoestações.
O vidente é arrebatado ao mundo espiritual onde lhe são mostrados em forma figurada os futuros acontecimentos da Terra. Tem havido muitas interpretações dos símbolos que aparecem nesse livro.
***
Nesta série de artiguetes apontamos fenômenos espíritas colhidos na Bíblia, iguais aos que se verificam nos anais do Espiritismo.
Em épocas anteriores à Bíblia já se davam aparições e comunicações de Espíritos e por isso se fundaram as antigas religiões politeístas.
Sempre se verificou que os Espíritos não eram todos bons nem todos maus, que havia uma escala infinita de qualidades, por isso foi estabelecida a crença em deuses e deusas bons e maus, em anjos e demônios.
Nas mitologias e no politeísmo havia deuses e deusas, porque os Espíritos que se manifestavam davam nomes e se portavam como homens e mulheres que realmente eram. No Judaísmo desaparecem os Espíritos femininos, talvez porque as mulheres estavam reduzidas a uma situação de escravas. Na Igreja Católica muitas mulheres foram alistadas entre os santos e se tornaram padroeiras de diversas atividades, ficando restabelecidas, em forma mais alta e mais exata, as antigas deusas do politeísmo.
O Espiritismo vem abolir a distinção de sexos, classificando-a de apenas material e acidental, porque fica claro que o mesmo Espírito pode encarnar-se num ou no outro sexo, como lhe interesse à evolução.
Os fatos que hoje são conhecidos como espíritas, são de todos os tempos e lugares e terão que levar de vencida toda a negação humana, porque continuam repetindo-se em todas as civilizações.
Em nosso século a Humanidade está passando por um eclipse espiritualista e tratando somente de seus problemas materiais: mas todo eclipse é passageiro e o Sol da espiritualidade virá a reaparecer num futuro talvez próximo. A solução dos problemas econômicos e políticos não resolve os casos fatais para cada um de nós, da velhice e da morte com todas as suas inquietantes indagações sobre o depois da morte.
Uma excelente organização social poderá abolir a pobreza, a ignorância, as injustiças sociais e terá mesmo que fazer todas estas coisas, mas não poderá abolir as leis naturais, uma das quais é a morte. Portanto, o homem sempre há de sentir o anseio de conhecer o que lhe aguarda depois da morte. Os espíritas, guiados por Ernesto Bozzano, classificam a morte como uma crise inevitável. A ciência humana tem o sumo interesse em conhecer essa crise e suas conseqüências. Terá de estudá-las sempre e ligar os dois extremos: nascimento e morte. Finalmente, passará ele a ter medo do nascimento e não da morte, como ensina o Budismo.
Por outro lado, vemos que todos os Espíritos esclarecidos ensinam a mesma moral universal do Evangelho, e que a ausência dessa moral produz sofrimentos para um número sempre crescente de pessoas e força reforças sociais ousadas. Portanto, o triunfo universal das ideias espíritas é questão apenas de tempo. é inevitável, com ou sem o nome de Espiritismo ou de Cristianismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário