segunda-feira, 25 de julho de 2011

E eu, que nada tenho?


E eu, que nada tenho?

Eu lhes falo em parábolas para que vendo,
não vejam e ouvindo,
não ouçam nem compreendam.
(Jesus em Mateus 13:13)


           
            Nossa querida Joanna de Ângelis nos vem em auxílio para completo entendimento desse versículo, conforme lido em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” de Allan Kardec, em seu Capítulo XVIII:

            Tira-se àquele que nada tem, ou tem pouco... - tomai isto como uma oposição figurada. Deus não retira às suas criaturas o bem que se dignou fazer-lhes. Homens cegos e surdos! Abri vossas inteligências e vossos corações; vede pelo vosso espírito; ouvi pela vossa alma e não interpreteis, de maneira tão grosseiramente injusta, as palavras daquele que fez resplandecer, aos vossos olhos, a justiça do Senhor.

            Não é Deus quem retira daquele que havia recebido pouco, é o próprio espírito, ele mesmo, que, pródigo e negligente, não sabe conservar o que tem, e aumentar, na fecundidade, o óbolo que lhe caiu no coração. 

            Aquele que não cultiva o campo que o trabalho de seu pai lhe ganhou e o qual ele herda, vê esse campo se cobrir de ervas parasitas. É seu pai quem lhe toma  colheitas que não quis preparar? Se deixou  as sementes destinadas a produzir nesse campo, mofar por falta de cuidado, deve acusar seu pai, se elas não produzem nada? Não, não; em lugar de acusar aquele que tinha tudo preparado para ele, de retomar seus dons, que acuse o verdadeiro autor das suas misérias e que, então, arrependido e ativo, se lance à obra com coragem; que rompa o solo ingrato com o esforço da sua vontade, que o lavre a fundo com a ajuda do arrependimento e da esperança, que nele jogue com confiança a semente que tiver escolhido como boa entre as más, que a regue com o seu amor e a sua caridade, e Deus, o Deus de amor e de caridade, dará àquele que já recebeu. Então, ele verá os seus esforços coroados de sucesso, e um grão produzir cem, e um outro mil.

            Coragem, lavradores; tomai as vossas grades e as vossas charruas; lavrai os vossos corações; arrancai dele o joio; semeai aí  a boa semente que o Senhor vos confia e o orvalho do amor a fará produzir os frutos da caridade. ”
           




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