quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Ciência e a Religião


Ciência e Religião
Unidas Para Implodir
os Dogmas, Mistérios, Crendices e Enigmas.

por Ruy Gibim
Reformador (FEB) Dezembro, 1990

            A Ciência e a Religião são dois instrumentos da inteligência humana. A Ciência tem por finalidade revelar as leis do mundo material e a Religião revelar as leis do mundo moral; mas como ambas têm o mesmo princípio, que é Deus, não pode existir entre ambas contradições. O desentendimento que existe entre a Ciência e as religiões é exatamente pela falta do traço de união, que está no conhecimento das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo corporal, leis essas tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Com a Ciência revelando as leis da matéria a Doutrina dos Espíritos revelando as leis morais, automaticamente, os dogmas, os mistérios, as crendices populares e os enigmas vão cedendo lugar às verdades reveladas, através dos fatos. Jesus foi, é e será sempre: o caminho, a verdade e a vida, e hoje sabemos que o que abre todos os caminhos para o conhecimento humano é a Ciência; quem nos ensina a raciocinar para decifrar  todos os enigmas em busca da verdade, é a Filosofia e quem constrói o nosso caráter e o nosso sentimento é a Religião. As religiões dogmáticas estão em contradição com a Ciência porque não possuem a base científica, não analisam as conclusões filosóficas e não levam à conseqüência moral; por isso, desconhecem os mecanismos das leis que regem o mundo espiritual e as suas relações com o mundo corporal, a lei de Causa e Efeito, a preexistência e a sobrevivência imperecível da alma.

            Após a partida de Jesus, a Igreja Católica Apostólica Romana começou a colocar dogmas para substituir as verdades pregadas, vividas e exemplificadas por Jesus, obscurecendo o Mundo durante dezesseis séculos, onde os sábios, pesquisadores, estudiosos, astrônomos, professores, filósofos, escritores, sensitivos, médiuns e até sacerdotes que se rebelassem e não admitissem seus dogmas e suas imposições eram perseguidos, torturados, presos e queimados pelo Tribunal da Inquisição. No século XVIII as idéias renovadoras e libertadoras dos enciclopedistas - Voltaire, Montesquieu e Rousseau - concorreram para que o eminente sábio francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec) codificasse a Doutrina dos Espíritos em 1857, sedimentada na observação criteriosa, na pesquisa bem conduzida e na confirmação dos fatos demonstrados.

            Nos fatos mais elementares, constatamos a contradição entre a Ciência e as religiões; por exemplo: o dogma do Juízo Final ou ressureição, instituído pelo 2º Concílio de Nicéia e definido no IV Concílio de Latrão, em 1215, diz o seguinte: Todos no dia do Juízo Final ressurgirão com os próprios corpos que tinham em vida terrena, para receberem segundo as suas próprias  boas ou más obras.

            Se o corpo é formado de elementos heterogêneos diversos, oxigênio, hidrogênio, azoto, carbono, fósforo etc., e pela decomposição esses elementos se dispersam para servir à formação de novos corpos, é impossível a reconstituição dos mesmos elementos. Segunda contradição: O dogma do juízo Final foi criado em 1215; e os que morreram antes desta data, como foram julgados?

            A Ciência e a Doutrina Espírita não admitem o Juízo Final, porque contraria os princípios da  evolução e do progresso espiritual. É por essas razão que o sábio Albert Einstein dizia: A Ciência  sem a Religião é manca, e a Religião sem a Ciência é cega.   


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