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SESSÃO DE 9 DE AGOSTO DE 1939
Comunicação final, sonambúlica,
após esclarecimento de um Espírito votado ao mal.
Exortação contra os desfalecimentos. – A barca e o seu timoneiro. – Violência dos vendavais que a ameaçam .
– Atitude que cabe aos tripulantes. – Cautelas necessárias para que o inimigo não penetre na fortaleza.
Meus amigos, o exemplo foi edificante. Basta um pequeno esforço para que se alcancem as grandes bênçãos e messes, bênçãos de amor e de misericórdia. Calculai o que não daria, se as criaturas, em sua existência, na sua peregrinação pela vida terrena, procedessem de modo que, ao menos, dois terços dos seus atos fossem dignos de Deus.
Nada de desfalecimentos, nada de temores. O que se pede, o que se implora é que esse esforço seja feito porque o mais o Pai que está nos céus dá, retribuindo na proporção de 1.000 por um.
Meus amigos, meus companheiros, a barca não naufragará, porque ao leme está um timoneiro que conhece a rota e se acha aparelhado para dirigir todas as manobras necessárias.
Mas, eu vos advirto de que o vendaval será tão violento e tão altas as vagas, que ameaçarão submergir a barca, arrastando a tripulação para os abismos e profundezas do oceano.
Contudo, se o timoneiro mandar que um tripulante vá aqui, ali ou além, atender a uma necessidade imperiosa, por entre o maior dos perigos e o mais aceso da luta, não tema ele, porque as vagas não o tragarão.
Mas, também é preciso muita cautela, muito cuidado. Os inimigos se insinuam na fortaleza mais guarnecida e mais aparelhada, por processo sutis e enganosos; e uma vez dentro, é difícil a sua expulsão. Ele sabe dissimular, confundir, iludir. E quanto custa que a guarnição perceba que o inimigo entrou!
Doutro lado, é preciso ser manso como as pombas e sagaz como as serpentes. A intuição precisa ser afirmada, para verdes que comunhão perene há entre os amigos daí e os amigos daqui.
Meus companheiros e amigos, muitos escutam atentos e tiram suas deduções aqui mesmo.
Essas deduções nós as conhecemos, mas os meus companheiros não as percebem. Por isso, precisais estar afins conosco, para conhecerdes, para perceberdes a ligação espiritual que precisa existir entre nós, para a consolidardes e não deixardes que ela se desfaça.
E’ preciso perseverar nisto. Se assim não fizerdes, duplo terá de ser o esforço, nosso e vosso.
É preciso que este veículo esteja sempre apto e perfeito, o que só se pode conseguir por meio do jejum, da oração, da vigilância.
Vou deixar-vos, meus companheiros e amigos. Que a paz de Deus fique com todos. O dia foi ganho. Agradecei á excelsa Mãe de Jesus, ao Criador e Pai e ao seu bem amado Filho as graças que recebestes.
Paz. – Bezerra.
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