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Juana de Asbaje
No século XVII, ela reaparece no cenário do mundo, para mais uma vida dedicada ao Bem. Renasce na pequenina San Miguel Nepantla, há uns 80 quilômetros da cidade do México, com o nome de Juana y Ramirez de Santillana, filha de mãe basco e mãe indígena.”
“...resolveu entrar no Convento das Carmelitas descalças, aos 16 anos de idade. Desacostumada com a rigidez ascética, adoeceu e retornou à corte. Seguindo orientação de seu confessor, foi para a Ordem de São Jerônimo da Conceição, que tem menos obrigações religiosas, podendo dedicar-se às letras e à ciência. Tomou o nome de Sóror Juana Inês de la Cruz.”
“Em 1695, houve uma epidemia de peste na região. Juana socorreu durante o dia e a noite as suas irmãs religiosas que, juntamente coma maioria da população, estavam enfermas. Foram morrendo, aos poucos, uma a uma das suas assistidas e quando não restavam mais religiosas, ela, abatida e doente, tombou vencida, aos 44 anos de idade.”
Soror Joana Angélica de Jesus
Passados 66 anos do seu regresso à Pátria Espiritual, retornou, agora na cidade de Salvador (BA), em 1761, como Joana Angélica, filha de uma abastada família. Aos 21 anos ingressou no Convento da Lapa, como franciscana, com o nome de Sóror Joana Angélica de Jesus .”
“Foi irmã, escrivã e vigária, quando, em 1815, tornou-se Abadessa e, no dia 20 de fevereiro de 1822, defendendo corajosamente o convento, a casa de Cristo, assim como a honra das jovens que ali moravam, foi assassinada por soldados que lutavam contra a independência do Brasil.”
“... mantenhamos o indestrutível ideal e pensamento do Cristo, no mundo, através da ação do bem sem limites, não importando quanto tempo passe e quanto sacrifício ainda nos seja exigido”
Em nossa caminhada, passo a passo com Jesus, reencontramos Joanna de Ângelis em duas lindas mensagens constantes d’ O Evangelho Segundo o Espiritismo. Essas mensagens não nos chegaram assinadas mas sim foram identificadas pela Espiritualidade Superior à virtuosos médiuns da atualidade. A primeira encontra-se no Cap. IX. A segunda consta do Cap. XVIII e é apresentada a seguir:
A Paciência...
A dor é uma bênção que Deus envia aos seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes, mas bendizei, ao contrário, o Deus Todo Poderoso que vos marcou pela dor nesse mundo para a glória no céu.
Sede pacientes; a paciência é também uma caridade e deveis praticar a lei da caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus.
A caridade que consiste na esmola dada aos pobres, é a mais fácil das caridades; mas há uma bem mais penosa e, conseqüentemente, mais meritória: perdoar àqueles que Deus colocou sobre nosso caminho para serem os instrumentos dos nossos sofrimentos e colocar a nossa paciência à prova.
A vida é difícil, eu o sei; ela se compõe de mil nadas que são picadas de alfinetes que acabam por ferir; mas é preciso considerar os deveres que nos são impostos, as consolações e as compensações que temos por outro lado, e, então, veremos que as bênçãos são mais numerosas que as dores.
O fardo parece menos pesado quando se olha do alto, do que quando se curva a fronte para o chão.
Coragem, amigos, o Cristo é o vosso modelo; Ele sofreu mais que qualquer de vós e não tinha nada a se censurar, enquanto que vós tendes vosso passado e expiar e vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos, essa palavra encerra tudo.
Joanna de Ângelis, Havre, 1862
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