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Maria e o caminho da Verdade
“Roma e o Evangelho” (FEB)
por D. José Amigó y Pellícer
Data da Comunicação: Agosto/1873
“Meus irmãos. Os vossos enérgicos esforços para atrair ao caminho da verdade os que não o conhecem nunca são infrutíferos.
Sois o eco da trombeta do anjo que chama a juízo as consciências adormecidas no erro - e a voz do céu é muito penetrante para não ser ouvida pelos mortais.
Dizeis, porém: quem sou eu, para que venha a mim a palavra que se pronuncia nos conselhos do Senhor? Eu me sinto débil e enfermo, vacilo, duvido, a s minhas ações estão muito longe de corresponder à perfeição que distingue os eleitos do Pai. Donde, pois, a graça de ser instrumento da Eterna Misericórdia e mensageiro de seus dons?
Fazei bem em confessar vossa pequenez, e eu vos aplaudo sinceramente, meus amigos.
Dos filhos do orgulho fogem os espíritos da verdade. Sois fracos e imperfeitos, é certo, porém não caminhais com decidido propósito em busca da purificação e da salvação da alma? Pois que ides em procura da luz, não podeis chamar outros para que vos acompanhem? Chamastes o médico, porque vos sentíeis enfermos de coração - e o médico veio curar-vos, porque o chamastes. O que há de estranhar que, enquanto tratais da vossa cura, façais participantes dos remédios que avigoram vosso espírito, a outros espíritos que sofrem como vós?
Demais, já se vos disse que o livro do passado e do futuro está cerrado aos olhos da carne e que em vão tentareis profetizar?
Obedecei aos decretos superiores, sem inquirir de suas causas e de seus fins; continuai dóceis e submissos às inspirações do Alto, porque pelo fruto se conhece a árvore, não esquecendo nunca que não faltam nas regiões das trevas Espíritos que tenham recebido, em suas encarnações, luzes especiais de que não souberam fazer o conveniente uso.
Valor, meus filhos, e atividade.
Voltarei a ver-vos e a instruir-vos. Maria”
Comentários do autor sobre a comunicação de espíritos superiores e em especial as de Maria: “Estávamos como que atordoados, sem poder explicar o que se dava conosco e sem nos atrevermos a julgar fatos, de cuja realidade, por outro lado, não nos era permitido duvidar. Em tal estado, veio novamente Maria na comunicação acima...”
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